domingo, 13 de setembro de 2015

Segundo dia: congelando em El Tatio

Era nosso segundo dia de passeios pelo Deserto do Atacama. A van da agência de turismo nos buscou no hostel às 4h30 para irmos ao campo geotérmico de El Tatio. Não, você não leu errado. O passeio saiu às 4h30 da manhã mesmo.

Nossos amigos de Natal estavam no mesmo tour. Eu e Jalberti sentamos na janela (um de cada lado da van) e Mariana ficou no meio, entre nós. Aproveitamos para dormir um pouco, pois só chegaríamos aos geysers às 6h30. Ai, se arrependimento matasse.

Jalberti e eu acordamos com muito frio na lateral do corpo e vimos que a janela estava toda embaçada. Quando passamos a mão era gelo! Pelo lado de dentro dos vidros! Por isso metade do nosso corpo estava literalmente congelando, virando picolé. Mas isso não era nada!

Quando chegamos aos geysers El Tatio, a temperatura era de -15°C. O maior frio que passamos! Cachecóis, cabelos, peles, tudo congelando! Se você acha que já passou frio na vida, é porque nunca esteve lá às 6h30 da manhã. Foi nesse dia que decidi nunca mais reclamar de frio nenhum.

Picolé de Marina
Picolé de Mariana

Mas todo o frio compensava. Você deve estar se perguntando porque não ir mais tarde, quando a temperatura subisse. Porque era necessário chegar antes de o sol nascer, senão não veríamos o melhor do espetáculo dos raios de sol passando pelas colunas brancas de vapor! E ele se desenrolou ali, diante dos nossos olhos!

Sol nascendo nos geysers El Tatio

Tomamos o café da manhã oferecido no tour ali mesmo, ainda lutando para nos aquecermos mas sem jamais deixar os olhos perderem o espetáculo.

Em El Tatio ainda havia um Baño Termal, com água a uma temperatura de 34°C. Fomos preparados com nossas roupas de banho por baixo das muitas camadas de roupa, mas não tivemos coragem de entrar, pois quem estava saindo da água quase morria congelado até chegar às cabines para colocar a roupa novamente. O Múcio entrou, e quase morreu de frio depois!

Nossa próxima parada seria o Povoado de Machuca. No caminho, vimos mais vicunhas, uma viscacha (parece um coelho, mas dizem que é um rato grande) e uma raposa!

Viscacha
Raposa

No pequeno povoado pudemos experimentar um espetinho de lhama, assado ali na hora por um senhor - a única alma viva de lá. Fomos logo comprar o nosso, porque a fila que se formou depois foi gigantesca. Comemos e aproveitamos para tirar fotos das lhamas que estavam por lá.

Povoado de Machuca
Lhamas

Fomos deixados no hostel e novamente preferimos dormir a almoçar (isso já havia virado rotina). Um pouco antes das 15h fomos para a agência para o próximo tour.

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