Depois que chegamos do passeio da manhã, tínhamos duas opções: almoçar ou dormir. Como estávamos cansados, os três preferiram dormir.
No horário combinado (15h30)
estávamos na porta da agência para a saída do nosso tour. Havia dois grupos que
fariam o passeio, por isso tiveram que terceirizar um dos guias, que foi o que
nos levou.
Tivemos um azar tremendo e ele era péssimo, passou o trajeto todo
mascando folhas de coca e rica-rica e queria que os passageiros decidissem para
onde ir (sempre achei que o objetivo de contratar um guia era porque ele conhecia os lugares e poderia nos levar com mais facilidade, mas enfim).
Ficamos irados, porque não tínhamos muita ideia dos lugares que podíamos
conhecer no Valle de La Luna e no Valle de La Muerte e o guia só atrapalhava ao invés de ajudar.
No fim do passeio, deixamos claro à agência que não
queríamos nenhum outro passeio com esse guia maluco e, ainda bem, fomos
atendidos.
Por fim, nossa primeira
parada foi no Valle de La Muerte. O lugar é simplesmente incrível, mas não se parece em nada com as imagens de deserto que a gente tem em mente, o que só torna o lugar ainda mais maravilhoso.
É óbvio que em se tratando de uma viagem em que eu estava presente, alguma coisa tinha que sair errada e um pessoal do nosso tour se embrenhou muito para dentro do vale e acabou atrasando a saída para a próxima parada (quem nem sabíamos qual seria).
Depois de discutirmos entre nós sobre para onde ir - porque o guia continuava apenas dirigindo e atrapalhando - decidimos pelo Valle de La Luna, que obviamente é chamado assim porque lembra a superfície
lunar.
Valle de La Luna |
Pedimos para ele nos levar na “Piedra del
Coyote”, que tem a forma igual àquela pedra do desenho animado do papa-léguas e
de onde o coiote sempre acaba caindo.
Depois de muitas fotos divertidas na pedra e outras lindas do Valle
de La Luna, o guia pirado resolveu dar uma sugestão e achou que seria um programa maravilhoso se fôssemos
até uma caverna de sal.
Pode até parecer demais, mas nós não tínhamos lanterna,
porque esse passeio não estava incluso no tour. A entrada da caverna já
mostrava o breu que seria lá dentro. Imagina a loucura: gritaria, muitas batidas de
cabeça nas pedras, pisadas em falso... mas podia ser pior.
Entrada da Caverna de Sal |
Desistimos de reclamar depois que vimos um pai de família saindo da caverna carregando um bebê de colo. Se ele conseguia, nós também conseguiríamos (agora o que um pai de família com um bebê de colo estava fazendo lá, será um incógnita eterna na minha vida).
Vencido o desafio, seguimos para ver o
pôr-do-sol na "Duna Mayor", o que compensou a caverna. A subida foi complicada
para mim e Jalberti, não por causa da altitude, mas porque somos sedentários
mesmo. Achamos que não chegaríamos lá em cima antes do sol se pôr, mas
conseguimos! Um espetáculo inesquecível.
Pô-do-sol na Duna Mayor |
Voltamos para San Pedro exaustos, sujos e famintos. Optamos por ir jantar assim mesmo, porque se fôssemos para o hostel tomar banho, jamais teríamos forças para sair de lá novamente. Fomo de novo ao restaurante do Robin Hood, dessa vez com nossos
amigos de Natal.
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