No meu dia-a-dia, passeios ao ar livre quase não tem espaço. Aquela rotina de trabalho para casa e de casa para o trabalho deixa tudo complicado e não sobra tempo. Ok. Nos fins de semana até sobra, mas são tantos filmes, seriados e livros que acabo ficando em casa mesmo.
Por isso, quando Gérson veio para Londrina, aproveitei para tirar o atraso e passear muito ao ar livre. Então, numa tarde amena, fomos até o Parque Estadual Mata dos Godoy fazer trilha.
A Mata localiza-se na Rodovia Álvaro Lázaro
de Godoy, Km 4, Distrito de Espírito Santo, mas mesmo com o GPS eu acabei
perdendo a entrada do distrito. Nem me estressei, essas coisas acontecem com todo mundo e especialmente comigo. Dei meia volta e fui para o lugar certo.
Eu já havia ido até lá quando criança, mas mal lembrava de alguma coisa. A Mata dos Godoy é uma das últimas reservas naturais de mata nativa do norte do Paraná. Pertenceu
à Família Godoy até 1989, quando foi transformada em Parque Estadual.
É necessária autorização para visitar, mas é claro que eu acabei me esquecendo disso. Quando chegamos lá, ainda bem que ninguém quis saber se tínhamos autorização ou não, o que me deixou muito aliviada. Preenchi um formulário com meus dados e pronto.
É o tipo de passeio que todo mundo deveria fazer, até porque a entrada é gratuita. É interessante para todas as idades, principalmente para as crianças, porque o contato consciente com a natureza ensina a respeitá-la. E já dizia a minha avó que é de menino que se torce o pepino.
Trilha do Projeto Madeira
Quando chegamos, havia uma família que iria começar a Trilha
do Projeto Madeira e depois faria a Trilha das Perobas e Figueiras (a mais interessante), aproveitamos e fomos junto.
Nosso guia foi o Gabriel, estudante de geografia que é estagiário no parque. Enquanto percorríamos a trilha, Gabriel foi explicando a respeito da mata, do reflorestamento, das espécies nativas e endêmicas e ainda foi tirando as dúvidas que iam surgindo pelo caminho.
A trilha é tranquila e o caminho é largo, qualquer um - sedentário ou não - pode fazer sem problemas. Ela passa por uma área de reflorestamento de espécies nativas do parque e não apresenta nenhuma dificuldade.
A Trilha do Projeto Madeira nos levou do Centro de Visitantes até uma choupana, de onde iniciam-se as outras duas trilhas: a das Perobas e Figueiras e a dos Catetos.
A Trilha do Projeto Madeira nos levou do Centro de Visitantes até uma choupana, de onde iniciam-se as outras duas trilhas: a das Perobas e Figueiras e a dos Catetos.
Início da Trilha do Projeto Madeira |
Trilha do Projeto Madeira |
Trilha das Perobas e Figueiras
Essa trilha é circular e percorre um trecho de mata nativa que, como o próprio nome diz, tem seu ponto alto nas perobas e figueiras centenárias. Dá uma sensação de efemeridade saber que essas árvores já existiam muito antes de nós e continuarão a existir por muito tempo quando morrermos.
É uma trilha um pouco mais fechada, mesmo assim quase sem dificuldade - no máximo passar por cima do tronco de alguma árvore que caiu pelo caminho. Tem muita coisa legal pela trilha, como cipós retorcidos e gigantescos, árvores que viraram tocas para animais, insetos e cogumelos estranhos.
As perobas e figueiras então, são espetaculares. São tão grandes que é impossível conseguir uma foto delas inteiras - das figueiras então, só a raiz.
Trilha mais fechada |
Raízes de uma figueira |
Peroba |
Cipó gigante |
Se tivéssemos tempo, Gérson e eu faríamos também a Trilha dos Catetos, que é feita sem guia, mas além do céu estar fechando e ameaçando chover, o parque logo encerraria suas atividades.
A família com a qual nós fizemos as trilhas veio preparada para um piquenique, então, já de volta à choupana, estenderam uma toalha na grama e foram se divertir ainda mais.
Como um piquenique ou levar ao menos um sanduíche sequer passou pela minha cabeça, fomos embora.
O horário de funcionamento do parque é de terça a sexta, das 8h30 às 17h30 e domingos e feriados das 13h30 às 17h.
A dica mais importante é: não esqueça de passar repelente! Eu esqueci e fui picada sem dó.
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