domingo, 27 de setembro de 2015

Gastronomia em Londrina: clássicos parte II

Como vocês devem saber, meu primo Gérson visitou Londrina pela primeira vez e nos cinco dias que ele ficou por aqui, decidi levá-lo para comer nos lugares que eu considero mais clássicos na cidade.

Comecei com a parte I (confira aqui) em que listei cinco lugares, agora vou colocar os cinco restantes.

Sugoi


Lembram que eu havia dito que no primeiro dia do Gérson em Londrina tentei levá-lo no meu restaurante japonês preferido? Então, não deu certo no primeiro dia, mas deu certo depois.

Sugoi significa extraordinário, genial, maravilhoso. E o restaurante é tudo isso. Não sou cliente há muito tempo, mas ele me ganhou desde a primeira vez. Conheci o Sugoi graças a um colega de trabalho (obrigada Ricardo Carlotto), que disse que era o melhor restaurante japonês de Londrina. Como só acredito comendo, fui lá tirar a prova.

O motivo da popularidade é que o estabelecimento possui os mesmos donos da Nipopesca, peixaria tradicional de Londrina, conhecida pelos produtos frescos e de confiança.

O restaurante fica ao lado da peixaria, na Avenida Higienópolis, 1443 (com entrada pela rua lateral) e funciona de segunda a sábado, das 19h às 23h. Dica importante: chegue cedo se você não gosta de ficar esperando mesa.

Você pode pedir a la carte, mas eu recomendo veementemente que você vá de rodízio. Compensa muito, pois para comer a vontade os preços são R$ 39,90 de segunda a quinta e R$ 49,90 nos demais dias.

O cardápio do rodízio conta com pratos frios e quentes. Lá a ordem das comidas não é definida. Você pode escolher com o que e quando se empanturrar.

Eu gosto de tudo e procuro experimentar o máximo, mas indispensáveis mesmo são o yakisoba (que tem um gostinho defumado diferente de todos os yakisobas que eu já comi) e o ichigô que leva apenas morango, goiabada e cream cheese  e que o Gérson não comeu porque não gosta de goiabada (vê se pode!).

Yakisoba
Ichigô


Palillos


Ok. O Palillos - Picolés à Moda Mexicana não é clássico, ou melhor, é tão clássico quanto uma paleteria pode ser. Eu conheci o Palillos numa viagem à Maringá-PR - cidade em que a marca nasceu -, em dezembro de 2014 e me apaixonei.

Quando uma franquia chegou a Londrina, virei cliente e faço questão de levar família e amigos para conhecer. O Palillos fica na Avenida Juscelino Kubitschek, 2070 - salas 4 e 5 e abre das 12h às 20h.

Ao contrário da maioria das marcas de picolés à moda mexicana, acho o preço do Palillos bastante justo, até porque é impossível comer um sorvete só, então dá para comer sem onerar o bolso.

Aliás, uma das vantagens do lugar é que são dezenas de sabores de picolés e a cada vez que eu volto, são acrescentados mais alguns à lista.

Modismos a parte, os picolés do Palillos são deliciosos, mas ao levar o Gérson lá, minha missão era experimentar o Paligateau: um petit gateau com calda quente numa caneca, com um topping (castanha, negresco ou granulado) e uma paleta à escolha do cliente. Imperdível.

Missão cumprida, a sobremesa tornou-se mais um motivo para eu adorar a paleteria.

Paligateau


Big Burguer


Inaugurado há 31 anos o Big Burguer - Rei da Canja passou de mãe para filha e não perdeu a tradição do prato que dá nome a casa: a canja de galinha, muito famosa em Londrina. 

Tenho um carinho especial pelo lugar porque foi lá que fiz minha primeira matéria depois que saí da faculdade (confira aqui).

O local, que fica na Avenida Juscelino Kubitischek, 4626 (na rotatória com a Avenida Santos Dumont) e funciona diariamente - exceto terças-feiras - das 19h às 4h, é muito simples, mas o cuidado na preparação dos alimentos faz com que o público seja o mais variado possível.

É para o Big Burguer que a galera que sai da balada vai para curar a bebedeira. É para lá também que vão casais, famílias, grupos de amigos. Todos convergem ao Big Burguer em busca da canja de galinha.

Fresquinha, elaborada apenas com arroz, peito de frango desfiado, temperos e muito amor, é a melhor canja que já tomei. Para acompanhar, torradas e queijo parmesão ralado.

Aproveitando que o Gérson visitou Londrina no inverno, levei-o ao Big Burguer, porque nada melhor que uma canja quente para espantar o frio (se é que é possível associar inverno e frio em Londrina).

Enfim, é claro que ele adorou a canja, não poderia ser diferente.

Canja de galinha e acompanhamentos

Lanche Bom


Um lanche caprichado, feito com carne ao invés de hambúrguer. No Lanche Bom, tudo é diferente: dos sanduíches ao local onde são preparados.

Isso porque a lanchonete funciona dentro de um ônibus - há anos, muito antes dessa tal febre de food trucks. Para comprovar, dê uma olhada nessa reportagem que eu fiz em 2009 (aqui).

O ambiente do Lanche Bom, como não poderia deixar de ser, é descontraído e informal, com mesas e cadeiras dispostas na calçada. Muita gente prefere comer dentro do carro mesmo, então basta estacionar por ali que os garçons logo vão atender.

Outro diferencial são os sachês, que ao invés de ketchup e maionese são de cremes de alho e cebola, feitos a base de leite e não ovo, para espantar o perigo de salmonela.

Resolvi que experimentaria um lanche novo quando levei o Gérson lá e ambos aceitamos a sugestão do garçom. Comemos o Pernil fatiado com limão, que leva a carne fatiada (marinada por três dias no limão e ervas), queijo provolone, alcaparras, vinagrete, alface e creme de alho. Amamos!

Eu esqueci de tirar fotos, por favor, me perdoem. O ônibus fica estacionado na Alameda Júlio de Mesquita Filho, esquina com Rua Raposo Tavares, de quinta a segunda-feira, a partir das 19h30.

Pernil fatiado com limão

Rodeio


Encrustado nas esquinas da Alameda Miguel Blasi com rua Professor João Cândido, bem no centro de Londrina está o Restaurante Rodeio. O melhor lugar para um almoço tardio, principalmente aos domingos, porque a casa abre às 11h e só fecha à 0h.

Tudo no Restaurante Rodeio é clássico: do ambiente apertado onde as cadeiras das mesas encostam umas nas outras, passando pela fachada, até o filé à parmegiana, cortado sempre com colher e não faca (imagina se a carne é macia). Todos com seus quase 50 anos de história.

Outro clássico da casa é ser servido pelo seu Nelson, o simpático garçom de cabelos brancos, com seus 75 anos de idade e 46 anos de Rodeio - do qual não abro mão.

Fomos ao Rodeio num domingo depois das 14h e estava lotado, como sempre. Fomos eu, Gérson, Murilo (meu irmão antissocial) e até minha mãe, que deixa a antissocialidade do Murilo no chinelo.

Obviamente, como não abro mão de ser servida pelo seu Nelson, também não abro mão do filé à parmegiana, acompanhado de arroz e fritas. Além dele, pedimos um filé suíço (outro clássico), porque cada prato serve duas pessoas.

Ah! Quanta felicidade num prato de comida!

Filé à parmegiana com arroz e fritas.

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