Como vocês hão de lembrar (ou
não), Mariana havia sido convocada para assumir seu cargo após passar em um
concurso público. A notícia chegou de surpresa quando estávamos na Argentina e
já no Uruguai descobrimos que ela tinha um prazo curtíssimo para se apresentar.
Ou seja, nossa viagem teria que ser encurtada.
Nosso plano inicial era ir de
Montevidéu para Porto Alegre-RS de ônibus. A viagem duraria uma noite e, dessa
forma, poderíamos aproveitar mais um dia na capital uruguaia, que nós tanto
gostamos. Além de tudo, o preço era bastante convidativo, cerca de R$ 100. Mas
devido à iminente convocação da Mariana, tivemos que mudar tudo.
Às pressas, nós compramos
passagens de avião para a capital gaúcha. Claro que com isso acabamos pagando
uma fortuna nelas. Perdemos uma diária que já estava paga no hostel e, como o
avião saia durante a tarde, também perdemos nosso último dia em Montevidéu. Mas
nem por isso nos abalamos. Ainda tínhamos uma manhã para curtir um dos maiores
orgulhos dos uruguaios: a praia.
Como já disse antes, Montevidéu é
banhada pelo Rio da Prata e, para eles, esse rio é tão ou mais oceano que o
Atlântico, o Pacífico ou o Índico. Nem tente discutir isso com um uruguaio -
você só iria se desgastar à toa. Suas paias de água doce fazem a alegria de
quem mora na cidade e também dos turistas.
E, como não poderia deixar de
ser, Mariana e eu pegamos informações no hostel e fomos conferir a mais famosa
dessas praias: Pocitos. Foi fácil chegar. Pegamos um ônibus próximo à Plaza
Independencia e descemos no bairro que leva o mesmo nome da praia. Nome que,
aliás, teve origem quando lavadeiras iam até a praia para lavar roupas e faziam
poços de água para isso.
A orla da Playa de Pocitos está
sempre lotada de pessoas caminhando, passeando e tomando mate. A praia também
estava cheia, mesmo ainda sendo bem cedo. Acredito que a maior parte era de
turistas, porque fomos lá bem à época das férias escolares.
Playa de Pocitos |
Eu estava escaldada com a
experiência traumatizante que tive em Punta del Este e nem queria entrar na
água, mas decidi arriscar. Claro que a água estava geladíssima, mas pelo menos
não tanto como a de Punta. Não tive a mínima vontade de mergulhar ou ficar
horas na água, como costumo fazer nas praias brasileiras.
Mesmo assim passamos uma manhã
agradável, tomando sol e curtindo a praia de água doce. Gostei mais de Pocitos
do que de Punta, principalmente porque na primeira não há aquele vento incômodo
fustigando a pele o tempo todo.
Como tínhamos um avião para pegar
naquele mesmo dia, acabamos deixando a praia e voltamos para arrumar as últimas
coisas que faltavam. A viagem até Porto alegre foi tranquila e rápida. Chegando
à Poa, meu primo Vágner nos buscou no aeroporto e nos levou até a casa da minha
tia Tereza, onde sempre fico hospedada quando vou ao Rio Grande do Sul.
Demos uma volta na cidade, que
Mariana não conhecia, comemos um xis (como os gaúchos chama o que aqui no
Paraná damos o nome de lanche) no Cavanhas, o meu preferido de lá e no dia
seguinte logo cedo Mariana voltou para Londrina para preparar sua mudança para
Brasília. Eu fiquei em Porto Alegre e depois segui com minha família para
Florianópolis-SC. Mas isso é assunto para outra série de posts.
Agora, Mariana e eu tiraremos
umas merecidas férias e voltamos em 2016 com uma nova série para vocês!