terça-feira, 1 de setembro de 2015

Indo para Santiago do Chile

Muita gente deve achar que aquela ripa de 175 km de largura chamada Chile não deve ter nada. Aquele país completamente espremido entre seus hermanos latino-americanos e o mar deve ser o máximo do “o que há para fazer?”.

Ledo engano. O Chile é um país tão completo que tem Patagônia, lagos, cordilheira, deserto, vulcões, neve, Oceano Pacífico, vinícolas, Ilha de Páscoa e Pablo Neruda. Já está convencido de que vale a pena ir para lá? Olha que a gente nem precisou de tudo isso.

Infelizmente, para a maioria dos viajantes sem dinheiro como nós, falta, além da grana, o tempo necessário para visitar o país inteiro. Afinal, o Chile é muito comprido. Tenho certeza que é o mais comprido dos países (o oráculo diz que é mesmo e que o Chile tem mais de 4.000 km de comprimento).

Então, nessa empreitada decidimos começar por Santiago e arredores e depois subir até o deserto. Numa próxima vez, faremos o contrário: começaremos em Santiago e desceremos até a Patagônia.

Eu e Mariana já havíamos viajado juntas outras vezes e nunca tivemos nenhum problema entre nós, afinal lá se vão dez anos de amizade - desde aquele primeiro dia no curso de jornalismo. Desta vez, o Jalberti iria junto.

Embora eu já o conhecesse há quatro anos, nós nunca tínhamos viajado juntos (só se um fim de semana em Ponta Grossa-PR, na casa de um casal de amigas, contar) e a Mariana sequer o conhecia. Mas como viajar é assumir riscos, os três toparam o desafio!

O primeiro passo para nossa viagem foi chegar a São Paulo (sendo a maior cidade brasileira, é de lá que saem os voos mais baratos).

Um adendo: vou usar preços e câmbio atualizados na data dos posts de tudo o que colocar a respeito dessa viagem, porque fica muito chato ter que colocar em cada canto um parêntese escrito que aquele determinado valor está atualizado.

A Mariana foi de avião de Brasília até SP (ida e volta pela Gol com taxas inclusas: R$ 277). Eu e o Jalbi fomos de ônibus de Londrina (ida e volta pela Viação Garcia em ônibus convencional: R$ 218). Desembarcamos no terminal rodoviário da Barra Funda e pegamos o “Airport Bus Service”, um ônibus que faz o trajeto de lá para o aeroporto. O percurso demorou 1h20 e o preço foi R$ 44.

Assim, numa manhã de terça-feira, encontramo-nos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde sairia nosso voo para Santiago às 10h30 (ida e volta em voo direto pela Gol com taxas inclusas: R$ 1263. Mas nós conseguimos preços bem melhores). O voo saiu pontualmente e a duração foi de 4h15.

A primeira surpresa da viagem foi ainda dentro do avião: a vista aérea da Cordilheira dos Andes, que é tão maravilhosa que chega a tirar o fôlego. Ao comprar sua passagem, escolha uma poltrona do lado direito do avião, porque é desse lado que surgirão imponentes as montanhas nevadas. Quem estava do lado esquerdo acabou pedindo para a gente tirar fotos da Cordilheira.

Cordilheira dos Andes vista da janela do avião
Cordilheira dos Andes vista mais de perto

Chegamos ao Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benitez em Santiago às 13h45 (o fuso horário de lá é 1h a menos que Brasília, então nós ganhamos essa uma horinha para aproveitar mais). Pegamos nossa bagagem, passamos pela imigração (tranquila e rapidamente) e fomos atrás de um táxi para nos levar ao hostel. Escolhemos o Che Lagarto Hostels (Calle San Antonio, 60).

Sempre que eu e Mariana viajamos para alguma cidade que tenha um Che Lagarto, nos hospedamos nele. Por quê? O pessoal é atencioso, a localização sempre é a melhor possível e o preço é muito bom (a diária de um quarto compartilhado com banheiro custa R$ 56,23 por pessoa com café da manhã incluso).

Tente não ter frescuras a respeito de dividir quartos com estranhos e coisa e tal. O quarto serve para dormir, guardar malas e tomar banho, só. Abra sua mente: você vai passar um tempo mínimo nele e ainda pode conhecer muita gente legal, de várias partes do mundo!

No Che Lagarto, o Rodrigo e sua equipe nos receberam muitíssimo bem e o hostel tinha acabado de passar por uma super reforma, então fomos os primeiros a usar o quarto. Tudo estava impecável. Quarto limpo, roupa de cama branquinha, aquecedor em perfeito funcionamento (sem ele morreríamos de frio no inverno chileno).

Nós nos instalamos e fomos logo curtir um pouco de Santiago, mas isso fica para o próximo post.

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