sábado, 19 de setembro de 2015

Redescobrindo Londrina: Parque Arthur Thomas

Eu moro em Londrina, no norte do Paraná, há exatos 28 anos. Nunca morei em outro lugar. Nasci e cresci na terra pé-vermelha. Quando as pessoas me perguntavam o que havia para fazer nessa cidade interiorana, eu geralmente dizia: nada.

Londrina não é uma cidade tão pequena assim, tem mais de 500 mil habitantes e é a quarta maior cidade do sul do país. Mas havia perdido a graça para mim - não é o tipo de cidade que atrai hordas de turistas.

Isso até que um primo meu, o Gérson (que por acaso ajudou muito na criação desse blog), morador de Gravataí, no Rio Grande do Sul, decidiu vir me fazer uma visita em Londrina.

Seria sua primeira vez na cidade e eu não fazia ideia de onde levá-lo. Pesquisei na internet, puxei na memória, perguntei para todos os amigos em todos os grupos de whats app que eu tenho e assim comecei a montar um roteiro.

Foi dessa forma que redescobri Londrina, seus distritos e outras cidadezinhas da região. Fizemos vários passeios incríveis, mas vamos começar pelo básico do básico: a cidade propriamente dita.

Londrina é uma cidade jovem, no auge dos seus 80 anos. Mas existem alguns lugares interessantes para serem conhecidos ou revisitados em um dia de turistagem.

Parque Arthur Thomas


O primeiro lugar a que levei o Gérson foi o Parque Arthur Thomas. A maioria dos londrinenses conhece o lugar, passa por ele várias vezes indo e vindo pela cidade e não para para uma visita. Deveria. É um lugar muito bonito e a entrada é gratuita.

Para chegar, basta seguir pela Avenida 10 de Dezembro, sentido norte-sul. Após passar pelo 4º Batalhão da Polícia Militar você chegará a um semáforo. Se olhar para seu lado esquerdo, já verá o parque. Entre na primeira rua à esquerda após o sinaleiro e você estará na entrada do Arthur Thomas.

O parque é um fragmento de Mata Atlântica com mirante, trilhas mata adentro, lago e uma linda cachoeira com 20 metros de altura. Também é la que está localizada a primeira hidrelétrica de Londrina, a Usina Cambezinho, que funcionou de 1939 a 1967.

Chegamos ao Arthur Thomas por volta das 9h e fomos direto para o mirante que fica logo após a entrada. Lá de cima é possível ver boa extensão do parque.

Vista do mirante para o lago
Vista do mirante para a entrada do parque

Descemos do mirante e demos a volta no lago, esperando encontrar algumas capivaras, que sempre andam por lá, mas não tivemos essa sorte. Foi nessa volta que vimos o quanto as pessoas podem ser inconsequentes com o meio ambiente. Havia muito lixo jogado no lago, na barragem da usina e por todo o parque, uma pena. Mesmo assim, a beleza do lugar é indiscutível

Lago do Parque Arthur Thomas

Tentamos tirar fotos de uma garça branca que estava por lá, mas ela parecia avessa às lentes, sempre fugindo. Nenhuma foto ficou boa. Então decidimos ir fazer a trilha até a usina hidrelétrica. Fomos pelo caminho de pedras e onde ele se bifurca, escolhemos a estrada da direita, para depois voltarmos pela outra.

Ai se arrependimento matasse. Se você é sedentário como eu, escolha a estrada da esquerda, porque você descerá as escadas que levam até a usina, ao invés de subi-la, como nós. Eu quase infartei.

A usina, infelizmente está muito abandonada, com pichações pelas paredes e vidros quebrados, mas o rio ainda conserva sua beleza.

Caminho para fazer trilha pelo parque
Rio ao lado da usina

Deixei a cachoeira por último, afinal ela é o ponto alto do passeio no parque. Antigamente havia dois mirantes para observar a queda d'água, porém um deles ruiu e foi parar no meio do rio. Pelo que eu saiba, não há nenhuma previsão de consertá-lo, o que é uma pena, pois era o mirante onde a vista da cachoeira era mais bonita.

4 comentários:

  1. Oba! Que lugar mais lindo! Então, tu já tens onde me levar quando eu for à Londrina. Quero muito conhecer! =)
    Bjus! Esse blog é bom demais!

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  2. Obrigada Guto!

    Quanto você vier a Londrina, tenho vários lugares legais para te mostrar! Vai acompanhando os posts!

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  3. Ao ler sua postagem, lembrei-de do primeiro passeio que fiz nesse parque; boas memórias!

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