terça-feira, 8 de setembro de 2015

Muita neve em Farellones

Era o nosso quarto dia no Chile e um dos passeios mais esperados por nós era visitar a Cordilheira dos Andes. Para nós três seria a primeira vez que veríamos neve de perto. Pesquisei muitos passeios, em várias agências.

De cara descartei esquiar, porque além do passeio ser muito caro, ainda teríamos que pagar um extra para alugar todos os equipamentos e outro por pelo menos uma aula de esqui, que nos ensinasse os fundamentos básicos do esporte, já que não tínhamos ideia de como nos equilibrar em cima das pranchas.

Eu entrei em contato com a Ski Total por e-mail (reservas2@skitotal.cl) para saber mais sobre os demais passeios e previamente listei algumas opções de tour. Combinei de chegar lá bem cedo (para variar) e definir tudo.

Fomos de metrô (Estación Los Dominicos - linha 1 vermelha) até a Ski Total na Av. Apoquindo, 4.900 (Centro Comercial Omnium). Chegando lá, de nada adiantou ter entrado em contato antes. Tivemos que enfrentar fila do mesmo jeito (tipo aquelas filas que se formam nos bancos em dia de pagamento). Mas como sempre ouvi por aí, paciência é uma virtude, ou pelo menos deveria ser.

Acabamos escolhendo o tour “Visit Farelones”, por CLP 25.000 ou R$ 127 por pessoa, que incluía (apenas) o transporte de ida e volta até Farellones e visita guiada à aldeia. Na própria Ski, alugamos roupas adequadas para neve (calças, botas, luvas) e pagamos à parte CLP 6.000 ou R$ 31 por elas.

Antes da nossa van sair, descobrimos através do motorista que poucas atividades tinham vagas disponíveis para aquele dia e as que tinham eram extremamente caras (tenho certeza que paciência deve mesmo ser uma virtude). Enfim... Estávamos de férias mesmo, não adiantava estressar.

Vendo nossas caras de desespero e indignação, o motorista sugeriu que parássemos em um local que aluga pranchas para descermos as encostas nevadas de ski bunda. Alguns toparam, outros não.

Uma observação: o caminho para Farellones e qualquer outra estação de esqui passa por estradas muito sinuosas (com dezenas e dezenas de curvas), na beira de precipícios (um preço pequeno a se pagar pelo passeio), então se você costuma ficar enjoado, tome um remédio.

Claro que nós estávamos no grupo do “topa tudo” e alugamos uma prancha para nós três (CLP 5.000 ou R$ 26). Não nos arrependemos nem por um segundo. Foi ótimo! Parecíamos crianças e, além de descemos as encostas nevadas, deitamos na neve, comemos neve e obviamente nos divertimos horrores!

Ski bunda em Farellones
Que gosto tem a neve?
Anjinho na neve!

Também tiramos fotos sensacionais da paisagem (o que, convenhamos, não era nada difícil). Ficamos excepcionalmente encantados com toda a brancura ao nosso redor e o céu de um azul incrível, aliás, quem não ficaria?

Neve
Mais neve
Um pouco mais
Muita neve!


Almoço


Depois de muita diversão, que claramente poderia ter sido muito mais, fomos almoçar. Nosso tour parou no Restaurant Los Cóndores, um lugar lindo e aconchegante. Eu optei por "Canelones Nevados", que leva peru, cenoura, creme de leite e é gratinado com molho branco e fundo de molho de tomate (não lembro o que Jalberti e Mariana comeram, mas eu lembro de ter provado e estava tudo muito bom). Escolhemos um vinhozinho chileno para acompanhar (Viña Mar Reserva - Pinot Noir).

Almoço em Farellones


Trekking


Após matarmos a fome fomos até à Aldeia Farellones para um trekking cultural. Foi muito bom conhecer um pouco da história daquele lugar (mesmo que eu e minha total falta de preparo físico tenhamos nos cansado muito nas subidas). Isso sem contar as paisagens, que incluíam cachorros mais parecidos com ursos enormes e que vivem por todos os cantos do Chile. Aliás, no Chile nós praticamente só encontramos cachorros de porte grande, muito grande.


Um perro (cachorro) tomando sol
Aldeia Farellones
Vista de Farellones para Santiago (pena que estava encoberta pela névoa)
Casinha na aldeia Farellones (todos os telhados são assim inclinados para não acumularem muita neve)


De volta à Santiago


Na volta à Santiago, cada um de nós ganhou da Sky Total um vinho (que descobrimos depois, custa R$ 90 aqui no Brasil), uma pulseira para o Hard Rock com direito a um drink e uma entrada vip para uma boate.

Decidimos que iríamos para a boate (que ficava no mesmo complexo de prédios da Ski Total) naquela noite. Paramos numa hamburgueria na Av. Apoquindo, comemos lanches deliciosos e fomos para a boate a pé. Infelizmente a boate estava fechada para uma festa particular naquele dia e não pudemos entrar.

Decidimos pegar um táxi e ir ao Patio Bellavista, local super badalado de Santiago, com vários restaurantes, barzinhos, baladas e lojas. Foi aí que comecei a passar mal. Meu estômago estava rejeitando totalmente o hambúrguer.

Mesmo assim, tentamos alguns barzinhos, mas fomos super mal atendidos em todos. em um deles, sentamos e uma garçonete nos trouxe o cardápio e saiu. Cada um escolheu um drink (eu optei por um refrigerante para tentar aplacar meu enjoo), mas a garçonete não voltou mais. Esperamos, esperamos até que decidimos trocar de bar.

Chegamos a um outro barzinho com saída tanto para o Patio Bellavista como para a rua, sentamos numa mesinha na calçada, mas mesmo com aquecedor, estava muito frio. Decidimos procurar uma mesa dentro do bar. Então o garçom disse que não poderíamos  entrar e apenas beber, tínhamos que comer alguma coisa se quiséssemos ficar.

Achamos absurdo. Eu já estava de muito mau-humor por causa da dor de estômago e depois disso resolvemos voltar para o hostel. Passei mal  noite toda, mas jamais deixaria que isso estragasse minhas férias!

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