quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Frutal do Campo, um restaurante rural dentro da cidade

Ah, o jornalismo! Sempre me proporcionando experiências maravilhosas. Foi através de uma reportagem que conheci o restaurante Frutal do Campo, logo que ele abriu, em 2010 (não consegui achar a matéria online, uma pena).

De lá para cá me tornei frequentadora assídua. Não só eu, mas minha família e amigos também, porque adoro levar quem eu amo para conhecer esse restaurante, que para mim, é um dos melhores de Londrina.

O casal de proprietários, Marinho e Dede, mora há mais de 30 anos em uma chácara deslumbrante e decidiram transformá-la em um restaurante. Então, para aqueles que pensam que restaurante rural (com comida caseira e muita natureza) não cabe dentro da cidade, preciso dizer que estão enganados.

O Frutal é um lugar agradável, com um ambiente simples e direito a muito verde, canto de passarinho e comida com cara e sabor de “feita pela avó” – aliás, a minha avó, no auge dos seus 85 anos, concorda, porque até ela já foi conhecer.

Frutal do Campo

Para chegar basta seguir pela Avenida Madre Leônia Milito sentido Shopping Catuaí, virar à esquerda na rua que dá acesso ao Super Muffato e andar alguns minutos pela estrada de terra que logo você encontra a placa do restaurante, na Rua Mar Vermelho, 555, Jardim Cláudia. O horário de funcionamento é terça a sexta, das 12h às 14h e sábados e domingos, das 12h às 14h30.

Não bastasse a linda vista, o clima aconchegante e a comida divina (para dizer o mínimo), a decoração do lugar é cheia de objetos criados pelas mãos habilidosas da Dede! O capricho é tanto que até o lavabo é decorado diariamente com flores. Além disso, a simpatia dos proprietários contagia a todos. Não é à toa que sou apaixonada por esse cantinho escondido na zona sul de Londrina.

Lavabo repleto de flores e rodeado de objetos decorativos

E o Gérson não poderia deixar de conhecer o Frutal. Por isso juntei a família – com Murilo e mãe antissociais a tiracolo, porque eles podem detestar sair de casa, mas também os fiz se apaixonarem pelo restaurante – e partimos para um almoço tipicamente domingueiro em plena semana.

No Frutal, funciona assim: você come o quanto quiser e paga por pessoa (durante a semana o preço é R$ 32). Nesse valor estão incluídas entradas, o delicioso self-service e as sobremesas caseiras mais gostosas que você poderia imaginar provar. Bebidas são pagas à parte.

Então vamos às entradinhas. A minha preferida é o escabeche de berinjela, gosto tanto que às vezes exagero. Não faça isso, porque senão não vai conseguir provar todas as comidinhas caseiras e as sobremesas. Mas além do escabeche, tem torresmo, mandioca frita e calabresa (variam conforme os dias).

Escabeche de berinjela

Depois de beliscar as entradas, fomos ao buffet experimentar o máximo de coisas, porque tudo lá é muito bem feito e tem um tempero único. São saladas, carnes, massas, guarnições. Pegamos um pouquinho de cada e ainda repetimos o que mais gostamos.

Buffet

Ah! O ovo frito. Minha mãe e meu irmão ficam indignados, mas eu não resisto e sempre peço um ovo frito para acompanhar. E não sou só eu não - já vi um monte de gente pedindo!

Claro que ainda sobrou espaço para os doces caseiros. Geralmente são três ou quatro tipos, que também variam de acordo com o dia e a época. Tem de banana, abacaxi, abóbora, goiaba, maçã, mamão e creme de leite caseiro para acompanhar. Tem como não amar?

Doces caseiros
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terça-feira, 29 de setembro de 2015

De volta para o passado: uma fazenda de café em Ribeirão Claro

A Rota do Café é um projeto maravilhoso organizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) que envolve toda a região norte do Paraná, muito conhecida em décadas passadas por ser a capital mundial do café. São nove munícipios envolvidos e 30 atrações imperdíveis contempladas.

Eu conhecia muito poucas atrações, entre elas o Museu Histórico de Londrina e a Mata dos Godoy (que já ganharam um post cada, confira aqui e aqui, respectivamente) e nem os ligava à Rota propriamente dita.

Mas com o Gérson por aqui, decidi dar um mergulho de cabeça em algumas atrações. Afinal, ele, como bom rio-grandense, não sabia nada sobre o passado cafeicultor do norte paranaense. Confesso que eu sabia muito pouco também, então seria uma ótima hora para aprendermos.

Pesquisei as atrações e me encantei pela Fazenda Monte Bello. Localizada no município de Ribeirão Claro, a cerca de 2h de Londrina (180 km), a fazenda, fundada em 1910 e com 120 alqueires de área, ainda preserva as instalações e os equipamentos utilizados para o processamento do café, um dos passeios mais bacanas da Rota.

Pronto. O destino de um ensolarado sábado estava selado. Até consegui arrastar meu irmão antissocial para a empreitada, apenas porque ele é estudante de história e não perderia essa viagem ao passado.

Para agendar a visita, basta ligar para o telefone da fazenda, (43) 3536-1173 e combinar tudo com o Seu Vitor, o octogenário proprietário ou com o Ricardo, administrador da fazenda. O passeio custa R$ 20, com o café incluso. Não aceitam cartões.

Claro que eu liguei com antecedência, mas acabei me esquecendo de confirmar a visita até estarmos na estrada, indo para lá. Não cometa o mesmo erro que eu, porque ele nos custou o delicioso café rural servido aos visitantes.

A fazenda está localizada na rodovia PR-151, km 16. Primeira bifurcação à direita a 1,5 km de Ribeirão Claro, no sentido Ribeirão Claro-Carlópolis. Eu usei o Waze, um aplicativo ótimo para rotas e fomos sem problemas.

Pegamos a estrada bem cedinho e chegamos à Monte Bello por volta das 9h. Fomos recebidos pelo Ricardo que indicou um dos funcionários para fazer conosco a trilha ecológica. Acabei me esquecendo do nome dele, mas lembro de que ele havia nascido e se criado na fazenda, ou seja, era a pessoa ideal para nos guiar por lá.

Fazenda Monte Bello
Início do passeio

Junto com nosso guia, uma inseparável cadelinha vira-lata nos acompanhou por todo o passeio, o qual ela sabia de cor e salteado. Fizemos inicialmente uma trilha por um fragmento de Mata Atlântica, até uma enorme figueira.

A enorme figueira
Eu, sentada em um pedacinho da raiz da figueira

Depois passeamos pelas plantações de noz macadâmia e lichia, que atualmente movem a economia por lá. Ainda há plantação de café, mas ela é muito pequena em comparação com o que se plantava no auge da cultura cafeeira.

Plantação de café

Então fomos levados até as antigas instalações para o processamento e beneficiamento dos grãos. Eu jamais imaginei como funcionava esse processo e adorei cada uma das engenhocas criadas para facilitarem-no.

Nosso guia nos explicou detalhadamente todas as etapas, desde a colheita até as sacas saírem prontas, cheias de café. Como era feita a lavagem, a separação dos diferentes tipos de café, o descascamento, a secagem, o armazenamento e, por fim, o ensacamento. Adoramos tudo!

Esteira por onde descia o café
Grãos secos
Um dos terreiros para a secagem do café
Trilhos por onde o café era levado à tulha
Máquina de beneficiamento e ensacamento de café

Depois o Ricardo, administrador da fazenda, nos levou para conhecer a casa de hóspedes, na qual eu pretendo voltar para passar um fim de semana inteiro. Levou-nos também para conhecer a história da fazenda, através de fotos e objetos antigos, muito bem preservados.

Quitutes


Mesmos tendo perdido o café rural, pudemos comprar diversos produtos produzidos na fazenda. A variedade é enorme: geleias, doces caseiros, azeites, pimentas, licores, nozes, conservas. Eu, Gérson e Murilo não tínhamos levado muito dinheiro, mas saímos sem um centavo de lá, embora cheios de sacolas e felicíssimos.

Almoço


Saímos da fazenda no horário do almoço e já que estávamos imersos na Rota do Café, fomos almoçar no Restaurante Michella Serv, que é integrante da Rota. Ricardo nos deu as explicações necessárias para chegar lá: saindo da fazenda, basta andar poucos quilômetros pela PR-151 e logo se avista o restaurante do lado esquerdo da rodovia.

É um local muito simples, com comida caseira, que fica disposta sobre um enorme fogão à lenha. É possível escolher pagar por quilo ou comer a vontade por R$ 25 - o que for mais vantajoso.

Almoço no Michella Serv

A comida estava deliciosa, a única coisa ruim é que a achamos um pouco fria. Nada que prejudicasse nosso almoço.

Almoçados e saciados demos uma volta pelas estradas de Ribeirão Claro, que além de fazer parte da Roda do Café também faz parte da Rota das Águas (da qual eu nunca havia ouvido falar, mas que agora tenho muita vontade de conhecer).
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A magnitude da natureza na Mata dos Godoy

No meu dia-a-dia, passeios ao ar livre quase não tem espaço. Aquela rotina de trabalho para casa e de casa para o trabalho deixa tudo complicado e não sobra tempo. Ok. Nos fins de semana até sobra, mas são tantos filmes, seriados e livros que acabo ficando em casa mesmo.

Por isso, quando Gérson veio para Londrina, aproveitei para tirar o atraso e passear muito ao ar livre. Então, numa tarde amena, fomos até o Parque Estadual Mata dos Godoy fazer trilha.

A Mata localiza-se na Rodovia Álvaro Lázaro de Godoy, Km 4, Distrito de Espírito Santo, mas mesmo com o GPS eu acabei perdendo a entrada do distrito. Nem me estressei, essas coisas acontecem com todo mundo e especialmente comigo. Dei meia volta e fui para o lugar certo.

Eu já havia ido até lá quando criança, mas mal lembrava de alguma coisa. A Mata dos Godoy é uma das últimas reservas naturais de mata nativa do norte do Paraná. Pertenceu à Família Godoy até 1989, quando foi transformada em Parque Estadual.

É necessária autorização para visitar, mas é claro que eu acabei me esquecendo disso. Quando chegamos lá, ainda bem que ninguém quis saber se tínhamos autorização ou não, o que me deixou muito aliviada. Preenchi um formulário com meus dados e pronto.

É o tipo de passeio que todo mundo deveria fazer, até porque a entrada é gratuita. É interessante para todas as idades, principalmente para as crianças, porque o contato consciente com a natureza ensina a respeitá-la. E já dizia a minha avó que é de menino que se torce o pepino.

Trilha do Projeto Madeira


Quando chegamos, havia uma família que iria começar a Trilha do Projeto Madeira e depois faria a Trilha das Perobas e Figueiras (a mais interessante), aproveitamos e fomos junto.

Nosso guia foi o Gabriel, estudante de geografia que é estagiário no parque. Enquanto percorríamos a trilha, Gabriel foi explicando a respeito da mata, do reflorestamento, das espécies nativas e endêmicas e ainda foi tirando as dúvidas que iam surgindo pelo caminho.

A trilha é tranquila e o caminho é largo, qualquer um - sedentário ou não - pode fazer sem problemas. Ela passa por uma área de reflorestamento de espécies nativas do parque e não apresenta nenhuma dificuldade.

A Trilha do Projeto Madeira nos levou do Centro de Visitantes até uma choupana, de onde iniciam-se as outras duas trilhas: a das Perobas e Figueiras e a dos Catetos.

Início da Trilha do Projeto Madeira
Trilha do Projeto Madeira

Trilha das Perobas e Figueiras


Essa trilha é circular e percorre um trecho de mata nativa que, como o próprio nome diz, tem seu ponto alto nas perobas e figueiras centenárias. Dá uma sensação de efemeridade saber que essas árvores já existiam muito antes de nós e continuarão a existir por muito tempo quando morrermos.

É uma trilha um pouco mais fechada, mesmo assim quase sem dificuldade - no máximo passar por cima do tronco de alguma árvore que caiu pelo caminho. Tem muita coisa legal pela trilha, como cipós retorcidos e gigantescos, árvores que viraram tocas para animais, insetos e cogumelos estranhos. 

As perobas e figueiras então, são espetaculares. São tão grandes que é impossível conseguir uma foto delas inteiras - das figueiras então, só a raiz.

Trilha mais fechada
Raízes de uma figueira
Peroba
Cipó gigante

Se tivéssemos tempo, Gérson e eu faríamos também a Trilha dos Catetos, que é feita sem guia, mas além do céu estar fechando e ameaçando chover, o parque logo encerraria suas atividades.

A família com a qual nós fizemos as trilhas veio preparada para um piquenique, então, já de volta à choupana, estenderam uma toalha na grama e foram se divertir ainda mais. 

Como um piquenique ou levar ao menos um sanduíche sequer passou pela minha cabeça, fomos embora.

O horário de funcionamento do parque é de terça a sexta, das 8h30 às 17h30 e domingos e feriados das 13h30 às 17h.

A dica mais importante é: não esqueça de passar repelente! Eu esqueci e fui picada sem dó.
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domingo, 27 de setembro de 2015

Gastronomia em Londrina: clássicos parte II

Como vocês devem saber, meu primo Gérson visitou Londrina pela primeira vez e nos cinco dias que ele ficou por aqui, decidi levá-lo para comer nos lugares que eu considero mais clássicos na cidade.

Comecei com a parte I (confira aqui) em que listei cinco lugares, agora vou colocar os cinco restantes.

Sugoi


Lembram que eu havia dito que no primeiro dia do Gérson em Londrina tentei levá-lo no meu restaurante japonês preferido? Então, não deu certo no primeiro dia, mas deu certo depois.

Sugoi significa extraordinário, genial, maravilhoso. E o restaurante é tudo isso. Não sou cliente há muito tempo, mas ele me ganhou desde a primeira vez. Conheci o Sugoi graças a um colega de trabalho (obrigada Ricardo Carlotto), que disse que era o melhor restaurante japonês de Londrina. Como só acredito comendo, fui lá tirar a prova.

O motivo da popularidade é que o estabelecimento possui os mesmos donos da Nipopesca, peixaria tradicional de Londrina, conhecida pelos produtos frescos e de confiança.

O restaurante fica ao lado da peixaria, na Avenida Higienópolis, 1443 (com entrada pela rua lateral) e funciona de segunda a sábado, das 19h às 23h. Dica importante: chegue cedo se você não gosta de ficar esperando mesa.

Você pode pedir a la carte, mas eu recomendo veementemente que você vá de rodízio. Compensa muito, pois para comer a vontade os preços são R$ 39,90 de segunda a quinta e R$ 49,90 nos demais dias.

O cardápio do rodízio conta com pratos frios e quentes. Lá a ordem das comidas não é definida. Você pode escolher com o que e quando se empanturrar.

Eu gosto de tudo e procuro experimentar o máximo, mas indispensáveis mesmo são o yakisoba (que tem um gostinho defumado diferente de todos os yakisobas que eu já comi) e o ichigô que leva apenas morango, goiabada e cream cheese  e que o Gérson não comeu porque não gosta de goiabada (vê se pode!).

Yakisoba
Ichigô


Palillos


Ok. O Palillos - Picolés à Moda Mexicana não é clássico, ou melhor, é tão clássico quanto uma paleteria pode ser. Eu conheci o Palillos numa viagem à Maringá-PR - cidade em que a marca nasceu -, em dezembro de 2014 e me apaixonei.

Quando uma franquia chegou a Londrina, virei cliente e faço questão de levar família e amigos para conhecer. O Palillos fica na Avenida Juscelino Kubitschek, 2070 - salas 4 e 5 e abre das 12h às 20h.

Ao contrário da maioria das marcas de picolés à moda mexicana, acho o preço do Palillos bastante justo, até porque é impossível comer um sorvete só, então dá para comer sem onerar o bolso.

Aliás, uma das vantagens do lugar é que são dezenas de sabores de picolés e a cada vez que eu volto, são acrescentados mais alguns à lista.

Modismos a parte, os picolés do Palillos são deliciosos, mas ao levar o Gérson lá, minha missão era experimentar o Paligateau: um petit gateau com calda quente numa caneca, com um topping (castanha, negresco ou granulado) e uma paleta à escolha do cliente. Imperdível.

Missão cumprida, a sobremesa tornou-se mais um motivo para eu adorar a paleteria.

Paligateau


Big Burguer


Inaugurado há 31 anos o Big Burguer - Rei da Canja passou de mãe para filha e não perdeu a tradição do prato que dá nome a casa: a canja de galinha, muito famosa em Londrina. 

Tenho um carinho especial pelo lugar porque foi lá que fiz minha primeira matéria depois que saí da faculdade (confira aqui).

O local, que fica na Avenida Juscelino Kubitischek, 4626 (na rotatória com a Avenida Santos Dumont) e funciona diariamente - exceto terças-feiras - das 19h às 4h, é muito simples, mas o cuidado na preparação dos alimentos faz com que o público seja o mais variado possível.

É para o Big Burguer que a galera que sai da balada vai para curar a bebedeira. É para lá também que vão casais, famílias, grupos de amigos. Todos convergem ao Big Burguer em busca da canja de galinha.

Fresquinha, elaborada apenas com arroz, peito de frango desfiado, temperos e muito amor, é a melhor canja que já tomei. Para acompanhar, torradas e queijo parmesão ralado.

Aproveitando que o Gérson visitou Londrina no inverno, levei-o ao Big Burguer, porque nada melhor que uma canja quente para espantar o frio (se é que é possível associar inverno e frio em Londrina).

Enfim, é claro que ele adorou a canja, não poderia ser diferente.

Canja de galinha e acompanhamentos

Lanche Bom


Um lanche caprichado, feito com carne ao invés de hambúrguer. No Lanche Bom, tudo é diferente: dos sanduíches ao local onde são preparados.

Isso porque a lanchonete funciona dentro de um ônibus - há anos, muito antes dessa tal febre de food trucks. Para comprovar, dê uma olhada nessa reportagem que eu fiz em 2009 (aqui).

O ambiente do Lanche Bom, como não poderia deixar de ser, é descontraído e informal, com mesas e cadeiras dispostas na calçada. Muita gente prefere comer dentro do carro mesmo, então basta estacionar por ali que os garçons logo vão atender.

Outro diferencial são os sachês, que ao invés de ketchup e maionese são de cremes de alho e cebola, feitos a base de leite e não ovo, para espantar o perigo de salmonela.

Resolvi que experimentaria um lanche novo quando levei o Gérson lá e ambos aceitamos a sugestão do garçom. Comemos o Pernil fatiado com limão, que leva a carne fatiada (marinada por três dias no limão e ervas), queijo provolone, alcaparras, vinagrete, alface e creme de alho. Amamos!

Eu esqueci de tirar fotos, por favor, me perdoem. O ônibus fica estacionado na Alameda Júlio de Mesquita Filho, esquina com Rua Raposo Tavares, de quinta a segunda-feira, a partir das 19h30.

Pernil fatiado com limão

Rodeio


Encrustado nas esquinas da Alameda Miguel Blasi com rua Professor João Cândido, bem no centro de Londrina está o Restaurante Rodeio. O melhor lugar para um almoço tardio, principalmente aos domingos, porque a casa abre às 11h e só fecha à 0h.

Tudo no Restaurante Rodeio é clássico: do ambiente apertado onde as cadeiras das mesas encostam umas nas outras, passando pela fachada, até o filé à parmegiana, cortado sempre com colher e não faca (imagina se a carne é macia). Todos com seus quase 50 anos de história.

Outro clássico da casa é ser servido pelo seu Nelson, o simpático garçom de cabelos brancos, com seus 75 anos de idade e 46 anos de Rodeio - do qual não abro mão.

Fomos ao Rodeio num domingo depois das 14h e estava lotado, como sempre. Fomos eu, Gérson, Murilo (meu irmão antissocial) e até minha mãe, que deixa a antissocialidade do Murilo no chinelo.

Obviamente, como não abro mão de ser servida pelo seu Nelson, também não abro mão do filé à parmegiana, acompanhado de arroz e fritas. Além dele, pedimos um filé suíço (outro clássico), porque cada prato serve duas pessoas.

Ah! Quanta felicidade num prato de comida!

Filé à parmegiana com arroz e fritas.
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sábado, 26 de setembro de 2015

Strassberg: tradição alemã em Londrina

Bom, no último post eu disse que atravessaria Londrina para comer em um dos melhores restaurantes da cidade. Isso quer dizer que saí do distrito de Lerrovile e fui parar em outro distrito, a Warta.

Quem conhece Londrina provavelmente já sabe que eu decidi levar o Gérson para comer no Strassberg - Tortas Alemãs. Quem ainda não conhece, caso um dia venha a visitar a pequena Londres, não deixe de aproveitar as maravilhas que esse lugar aconchegante reserva.

Chegar lá é bem tranquilo. É só seguir pela Avenida Tiradentes até o trevo Maringá/Londrina. No trevo é preciso pegar a primeira saída à direita, sentido Assis-SP. Após 15 km o restaurante estará à esquerda da Rodovia Celso Garcia Cid, no Km 401.

O Strassberg é um pedaço da Alemanha que nasceu no norte paranaense quando uma família de descendentes de alemães, os Strass, resolveram montar um estabelecimento que oferecesse delícias típicas da terra de seus antepassados.

Eles acertaram em cheio. Não só na comida, mas nos ambientes: interno e externo. E, como a criança que sou, a primeira coisa que fiz foi brincar na super casa na árvore no jardim da propriedade - daquelas que toda criança do mundo sonha em ter igual.

Escalei, escorreguei, tirei muitas fotos. Depois fomos dar uma olhadinha nas araras que ficam num viveiro lá no fundo do jardim (desculpe, mas as fotos delas ficaram ruins, tão ruins que são impublicáveis!).

Casa na árvore no Strassberg

Como já passava das 14h e eu estava azul, roxa, verde de fome, fomos comer. O cardápio do Strasssberg tem várias opções, que - para a primeira vez do Gérson - eu restringi aos dois pratos mais famosos do lugar: Eisbein e Marreco. E pedi para ele escolher.

Ambas são opções tentadoras, se você não tiver frescura em relação a experimentar pratos novos e diferentes.

eisbein é o joelho de porco cozido ou frito acompanhado de batatas cozidas, chucrute, arroz e salsicha. O marreco é assado, acompanhado de molho rôti, arroz, purê de batatas, purê de maçãs e repolho roxo.

Enquanto Gérson pensava, aproveitamos para comer o couvert de pães integrais com patê de ricota e ervas e a deliciosa mostarda caseira do Strassberg. Tão deliciosa que o Gérson comprou um vidro para levar de volta ao Rio Grande do Sul e ainda me deu outro de presente.

Enfim, o Gérson não conseguiu decidir o que comer, tampouco eu. Resolvemos tirar cara ou coroa e acabamos indo de marreco. A porção serve muito bem duas pessoas famintas como nós, mas se você não estiver com tanta fome, dá tranquilamente para três pessoas ou não tão tranquilamente para quatro.

Marreco assado e acompanhamentos
Marreco assado

Para beber, o tradicional suco de framboesa da casa, com frutas cultivadas lá mesmo. Não preciso dizer que tudo estava divino, mas vou dizer: estava divino! Eu até fiquei um pouco receosa que o purê de maçãs não fosse combinar muito com o restante, mas devo admitir que junto com a carne do marreco, a combinação foi perfeita.

Claro que mesmo empanturrados, não iríamos dispensar a sobremesa. Gérson foi de Schokoladetorte: torta trufada quente com sorvete de baunilha. Eu preferi o clássico dos clássicos dentre as sobremesas alemãs: Strassberger, o apfstrudel quente com sorvete de baunilha.

Strassberger

Saímos de lá felizes da vida, muito bem alimentados depois do lindo passeio que fizemos ao Salto do Apucaraninha pela manhã. Se você quiser ir, o Strassberg funciona de segunda a sábado, das 7h30 às 21h.
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Conhece o Parque Ecológico Dr. Daisaku Ikeda?

Sou capaz de apostar que 99,9% da população londrinense nunca ouviu falar do Parque Ecológico Dr. Daisaku Ikeda. Embora o parque seja relativamente novo - foi inaugurado no ano 2000 - não é desculpa para que os londrinenses não o conheçam.

Mais uma vez, foi minha profissão que me colocou em contato com o parque quando fui fazer uma reportagem lá em 2009 (confira aqui). Às vezes agradeço ter escolhido o jornalismo.

É muito fácil e rápido para chegar no Daisaku Ikeda. Basta pegar a Rodovia João Alves da Rocha Loures (aquela que dá acesso ao Distrito de Maravilha, passando pela Casa de Custódia e o Educandário de Londrina). Depois de uns 20 min pela rodovia você verá a entrada do parque.

A entrada é gratuita (outro motivo para você conhecer) e o parque funciona de terça a domingo, das 8h às 17h e, no período de horário de verão, das 9h às 18h.

O lugar é lindo, cheio de natureza e abriga as antigas instalações da Usina Três Bocas, a segunda hidrelétrica de Londrina, desativada em 1983 (já percebeu que Londrina tem vários pontos turísticos que envolvem usinas hidrelétricas?).

Os "restos mortais" da usina foram incorporados ao cenário do parque, propiciando uma linda vista do Ribeirão Três Bocas.

A primeira coisa que fizemos foi percorrer a passarela que atravessa toda a extensão do ribeirão e admirar as águas calmas de um lado e agitadas do outro, depois que elas passam pela barragem.

Ribeirão Três Bocas
Antiga barragem da usina
Águas agitadas após passarem pela barragem
Mirante

Passamos a manhã no parque e, como fomos durante a semana, a única companhia que encontramos por lá foi esse casal lindo de passarinhos.

Nossa companhia no parque

De cima da passarela também dá para ver o que eu chamei de "restos mortais" da usina. A água criou bastante lodo em volta do que ficou para trás, dando um ar de abandono e, ao mesmo tempo, do poder da natureza.

Restos da usina

Depois de percorrer a passarela, subimos (eu morrendo) no mirante que proporciona uma visão linda do parque e do ribeirão.

Ribeirão visto do mirante
Parque visto do mirante
Barragem vista do mirante

Para quem tem crianças, o Daisaku Ikeda pode ser uma ótima pedida. O parque tem uma área verde ideal para brincadeiras e piqueniques, com gramado e várias árvores.

Além disso, ainda conta com um parque infantil muito bacana - tão bacana que, é óbvio, eu também fui brincar (vou poupar vocês das fotos desastrosas que o Gérson tirou de mim enquanto tentava subir a rede de cordas do brinquedo).

Parque infantil
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Ah, o Salto do Apucaraninha!

Eu fui ao Salto do Apucaraninha quando tinha uns seis ou sete anos. Achei o máximo, mas não sei porque, nunca me ocorreu voltar. Isso até o Gérson vir para Londrina.

Torcendo para não chover, saímos cedo e fomos para lá. O lugar é longe, tem estrada de terra e muito sacolejo, mas garanto que vale a pena, mesmo.

Para chegar, é só pegar a PR-445 até o trevo do Distrito de Lerroville. É preciso entrar no distrito e pegar a direita na avenida principal (foi a única avenida que eu vi, logo na entrada de Lerroville). Ao final dessa avenida inicia-se uma estrada de terra, basta entrar nela e ir, ir, ir mais um tanto e, no momento que você pensar que está no caminho errado, vai começar a ouvir o barulho da queda d'água.

O Salto do Apucaraninha está localizado dentro da reserva dos índios caingangues. O correto é pedir autorização para a Funai (Fundação Nacional do Índio) para visitar o local, mas eu acabei esquecendo e não pedi.

Não havia ninguém lá para cobrar essa autorização e aposto que as outras pessoas que encontramos por lá também não precisaram dela.

Não tem lugar para parar, então deixamos o carro na beira da estrada mesmo e seguimos primeiro para olhar a barragem da Usina Apucaraninha, do lado direito da estrada.


Barragem

Aí fomos para o outro lado, onde está instalado um mirante artificial (desses feitos de cimento e com grades amarelas para proteção) para observar a cachoeira, com seus 116 metros de queda. Foi então que pensei "como eu fiquei tanto tempo sem vir aqui?".

É difícil encontrar palavras para descrever o Salto do Apucaraninha. Parece que elas não conseguem transmitir corretamente o que é a cachoeira e a paisagem da qual ela faz parte. A única coisa que realmente posso dizer é: uau!


Salto do Apucaraninha
Cachoeira e paredão de pedra
Rio Apucaraninha

Depois de admirar muito o Salto - o tempo parecia insuficiente -, eu lembrei que ainda havia outro mirante, a poucos metros daquele em que estávamos. Basta andar alguns poucos metros e você verá uma portinha, entre pelo caminho e logo você estará em uma grande pedra que parece que foi projetada por Deus para que tivéssemos uma vista ainda mais espetacular daquele cenário.

Ali é preciso ter cuidado porque o mirante é natural, ou seja, não existe nenhuma proteção contra quedas. Aconselho quem tem crianças pequenas que deixe esse mirante para uma próxima visita, pois todo cuidado é pouco.

O começo da queda
Vista do mirante natural
Paredão de pedra e Rio Apucaraninha
Salto do Apucaraninha
Mirante natural (aquele pontinho amarelo é o mirante articificial)

Mais do que satisfeitos com tudo o que vimos, resolvi atravessar Londrina inteira para levar o Gérson em um dos melhores restaurantes da cidade, mas isso é assunto para o próximo post.

Deixo vocês com uma bela imagem de um bichinho que encontramos no caminho de volta à cidade e que é um dos meus preferidos.

Coruja na beira da estrada que leva ao Salto do Apucaraninha
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