Catedral da Sé, um dos ícones de São Paulo |
Mariana foi passar uns dias no
Rio de Janeiro, afinal ela não conhecia a Cidade Maravilhosa e precisava
reparar esse erro rapidamente. Na volta da sua viagem ela sugeriu que nos
encontrássemos em São Paulo para passar um feriado, já que Sampa fica no “meio
do caminho” entre Brasília e Londrina. Jalberti e eu topamos na hora, fazia
muito tempo que não viajávamos juntos.
Nós três amamos São Paulo que,
por acaso, é terra natal da Mariana. Mas gostamos mesmo de ir para passear, sem
ter que enfrentar o caos diário dessa gigante. Todos nós já conhecíamos muitos
lugares por lá, por isso decidimos não colocar no roteiro desta viagem lugares
aos quais já tínhamos ido ou coisas que já havíamos feito. A proposta era
conhecer novos locais, novos sabores, novos ângulos – mas, acho que para chegar
a esse ponto, é preciso primeiro abordar os principais pontos turísticos da
selva de pedra paulistana.
Por isso, decidimos começar nossa
série sobre a maior cidade da América Latina com o que muitos consideram
passeios clichês, mas que para quem ainda não conhece Sampa, são ótimos pontos
de partida.
Como tenho muitos familiares e amigos morando em São Paulo e região
metropolitana, acabei visitando a cidade algumas vezes durante minha infância,
adolescência e vida adulta (que sério isso rsrsrs). Mesmo assim, há algum tempo, fiz
uma viagem com um grupo em que muitos estavam visitando a cidade pela primeira
vez e é baseada nessa viagem, que vou iniciar nossa série, para depois
ingressar nas novas descobertas que Mariana, Jalberti e eu fizemos no fim de
2015.
Então vamos ao que interessa: aos
maravilhosos clichês paulistanos. Mas por onde começar? Acredito que um bom
ponto de partida seja a Catedral da Sé, que além de linda, torna fácil a locomoção por outros lugares do centro paulistano, possíveis de serem visitados em um dia de caminhada.
O melhor meio de locomoção em São
Paulo é, com certeza, o metrô. São rápidos, eficientes e cobrem boa parte dos
locais interessantes. Então a missão é chegar até a estação mais movimentada e próxima do nosso destino, a
da Sé. Isso é bem tranquilo, mesmo para quem nunca andou de metrô. Não há um
paulistano que não saiba onde fica ou como chegar. Depois de desembarcar, vamos
para a imponente Catedral, que fica na Praça da Sé s/n, para começar
nosso tour!
Catedral da Sé
Na verdade, o nome oficial dela é Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção de São Paulo. A construção da igreja, tal como é hoje, foi iniciada em 1913, pelo professor e arquiteto alemão Maximilian
Emil Hehl e foi inaugurada (mesmo sem estar finalizada) em 1954, ano do 4º
centenário de São Paulo.
A primeira igreja construída no local,
data de 1591, quando o cacique Tibiriçá determinou o lugar onde seria erguido o
primeiro templo religioso da cidade. Aliás, os restos mortais do cacique, que foi o primeiro
cidadão de Piratininga, do Padre Feijó (regente do Império) e de dezenas de
bispos e arcebispos estão na cripta da igreja, que é aberta à visitação.
Mas vamos começar pelo lado de fora. Totalmente impossível não se deixar arrebatar pela arquitetura neogótica da Catedral. Mesmo que tenha uma cúpula em estilo renascentista, é considerada uma das cinco maiores igrejas neogóticas do planeta. Suas torres gêmeas alcançam 92 metros de altura e ela possui 111 metros de comprimento por 46 metros de largura. Ela é tão grande que fica complicado enquadrar numa foto.
Mas não é apenas o exterior que impressiona. Seu órgão é o maior da América do Sul (ele tem em torno de 12 mil tubos, todos lapidados à mão) e o badalo dos seus 61 sinos pode ser ouvido diariamente, ao meio-dia ou às 18h. A capacidade da igreja é para oito mil pessoas e em seu acabamento foram usados mais de oito mil quilos de mármore. Entre seus ornamentos, destaque para magníficas estátuas de bronze, painéis e vitrais de artistas brasileiros e estrangeiros.
Detalhe para a quantidade de mármore usada no acabamento da catedral |
Painéis e estátuas de bronze |
O horário de funcionamento da
Catedral é de segunda a sexta, das 8h às 19h; aos sábados, das 8h às 17h e domingos,
das 8h às 13h. Nunca fiz a visita guiada, mas deve ser muito interessante. É
possível realizá-las de terça a domingo, das 10h às 11h30 e das 13h às 17h30. Nos
sábados as visitas vão até 16h30 e no último domingo de cada mês, não há
visitação.
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