Continuado o tour por São Paulo, é hora de deixar a Catedral da Sé para trás e caminhar por alguns dos mais icônicos locais da capital. Obviamente a cidade tem dezenas de lugares que simplesmente
precisam ser vistos, mas também é obvio que não dá pra conhecer todos de uma só
vez. Por isso separei alguns especialmente para esse post.
Ao lado da Catedral começa a Rua Regente Feijó, seguindo por
ela cheguei ao Largo de São Francisco, onde está localizada a Faculdade deDireito da Universidade de São Paulo. Antigo convento, que foi transformado em
faculdade ainda no século XIX, o prédio foi demolido e reconstruído em estilo
neocolonial em 1933. Vale uma parada para admirar, junto com as duas igrejas
franciscanas que fazem parte do que foi um importante complexo religioso da
capital (já começo pecando por não ter nenhuma foto).
Passando pelo Largo, a ideia foi seguir pela Rua Líbero Badaró
até o Viaduto do Chá. Ponto de passagem de milhares de pessoas diariamente, o
viaduto passa pela Praça Ramos de Azevedo que, junto com o Vale do Anhangabaú, forma um lindo espaço público. Some-se a isso o Prédio Alexandre Mackenzie,
hoje Shopping Light, e o Theatro Municipal e você está diante de um dos mais
belos cartões postais paulistanos. Mas vamos por partes.
O Viaduto do Chá foi o primeiro a ser construído em São
Paulo, no Vale do Anhangabaú. O vale, com seus jardins, chafarizes e obras de
arte é palco constante de espetáculos populares, além disso, foi lá que
aconteceu o comício pelas Diretas Já, em 1984. Emoção andar por onde uma parte tão importante da história brasileira aconteceu.
Junto ao Vale está a Praça Ramos de Azevedo. Seu nome é uma
homenagem ao arquiteto brasileiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo, cujo
escritório foi responsável por grandes obras arquitetônicas - algumas das quais
mencionaremos logo mais.
A praça nasceu em 1911, junto com seu ilustre irmão, o Theatro Municipal de São Paulo, mas seu nome atual veio só em 1928. É na praça que está a Fonte dos Desejos, inspirada na famosa fonte da capital italiana. Realizada pelo arquiteto italiano Luiz Brizzolara em 1922, no lugar de outra fonte que lá existia, a atual possui um monumento em homenagem à Carlos Gomes, o mais importante compositor de óperas brasileiro.
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Detalhe da Fonte dos Desejos |
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Praça Ramos |
Já o Shopping Light ocupa o prédio da antiga The São Paulo
Tramway Light and Power, empresa canadense que foi a responsável pela
distribuição de energia elétrica da cidade até a década de 1980 e que construiu
o edifício onde antes era o Teatro São José, primeiro teatro da capital.
Inaugurado em 1929, foi projetado por Preston e Curtiss e sua execução coube ao
já nosso conhecido Ramos de Azevedo. Com nove andares, o prédio tem estilo
eclético e chama a atenção de quem passa por lá.
Dessa vez não consegui entrar ou assistir a
nenhum espetáculo no Municipal, mas em outra ocasião fui ver um balé.
Indescritível a sensação de estar nesse lugar tão cheio de história e cultura.
Se você também não puder ver um espetáculo, tente ao menos fazer a visita
guiada pelo Theatro. São gratuitas e acontecem de terça a sexta, às 11h, 15h e
17h. Sábados e feriados, às 11h, 12h, 14h e 15h.
Depois do Municipal, basta caminhar alguns metros para
chegar à Galeria do Rock. Mesmo que você não seja fã de rock, impossível não
achar lá alguma coisa que te agrade. Nessa última visita, o objeto escolhido
foi uma bolsa do Chaplin, com a minha cena preferida do meu filme preferido dele!
Aliás, muitas tribos se encontram na galeria, que
oficialmente chama-se Shopping Center Grandes Galerias e foi fundada em 1963.
Começou a se destacar em meados da década de 70 e recebe milhares de pessoa por
dia. O prédio “ondulado” tem centenas de estabelecimentos e muita coisa legal!
Desafio alguém a sair de lá sem comprar uma lembrança sequer. Eu não consigo!
Para finalizar nosso tour, uma passada na esquina mais
famosa de São Paulo, eternizada por Caetano na música Sampa, sua belíssima homenagem à
cidade: Avenida Ipiranga com Rua São João. Vale só passar para dizer “estive
aqui” como vale parar e tomar uma gelada no Bar Brahma! É caro, mas uma vez na
vida, vale a pena!
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Fachada do Bar Brahma, nas esquinas da Avenida Ipiranga com Rua São João |
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