segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Um farol nas ruínas de um convento

A manhã havia ficado para trás e junto com a tarde veio a fome. Pelo menos eu estava faminta, como sempre! Então Mariana e eu seguimos margeando o Rio da Prata e encontramos vários restaurantes concentrados no Centro Histórico de Colonia.

Claro que se você está no Uruguai precisa comer chivito, prato típico do país, que consiste em um sanduíche - muitas vezes gigante - parecido com o nosso hambúrguer. Ele leva carne, presunto, muçarela, alface, tomate, bacon e ovo (claro que como aqui, existem diversas variações) e vem acompanhado de batatas fritas.

Escolhemos um local agradável, numa travessa que cortava a rua dos principais restaurantes. Sentamos numa mesinha na rua mesmo, embaixo das árvores e comemos muito bem. Que travessa era essa? Uma com um nome muito sugestivo para duas amigas viajantes:

Travessa onde almoçamos

Após o almoço seguimos para a praça principal de Colonia, a Plaza Mayor ou Plaza 25 d Mayo. É ao seu redor que estão alguns dos edifícios mais importantes da cidade, entre eles, as ruínas do convento e o farol.

Placa da praça principal de colonia

Impossível chegar à praça e não dar de cara com o farol imponente, assomando toda sua brancura contra o céu azul, naquele dia sem nenhuma nuvem para competir com ele. E, junto ao farol, as ruínas do Convento de San Francisco.

Dedicado à São Francisco Xavier, o convento foi construído entre 1683 e 1704. No século XVIII um incêndio o destruiu e, em 1857, o farol foi erguido junto às suas ruínas.

Farol de Colonia e ruínas do Convento

O melhor de tudo é que o farol é aberto à visitação, então Mariana e eu decidimos subir os 118 degraus. Há um valor para ter acesso ao interior do farol, mas eu apenas me lembro que era algo em torno de R$ 5.

Azulejo no interior do farol

As escadas em caracol são capazes de deixar qualquer um com medo e as passagens são bem baixas, quem é mais alto precisa se abaixar constantemente - mas a vista no fim da subida vale a pena!

Mas como Mariana tem medo de altura, foi até uma parte da subida (onde está a primeira grade branca nas fotos acima), o final eu subi sozinha. Chegando ao topo do farol, dá para ter uma visão de 360° da cidade de Colonia e do Rio da Prata.

Vista de Colonia de cima do farol

O mais engraçado é que o espeço lá em cima é restrito a banquinhos de concreto ao redor das lâmpadas e espelhos refletores e tem apenas uma entrada/saída. Dessa forma, todas as pessoas que estão lá sentadas, precisam se mover ao mesmo tempo e na mesma direção.

Você entra e senta no primeiro banco à direita da porta, aí você muda para o segundo banquinho e outra pessoa senta no banco que você estava e assim por diante, até alcançar a saída. Um jeito legal de interagir com outras pessoas, de tantos outros lugares, que estão ao seu lado.

Mariana me esperou e descemos para continuar nossa visita por Colonia, mas isso é assunto para o próximo post.

2 comentários:

  1. Como assim, medo de altura?????? Eu só tenho pequenas restrições... hahahahahaha
    Colônia está na minha lista de lugares pra viver depois de aposentar <3

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    1. Pequena restrição foi o melhor eufemismo!!! Está na minha lista também! Quando estivermos velhas e caquéticas vamos passar dias agradáveis por lá!!!

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