sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Segunda parte do passeio a pé por Montevidéu

Depois de fazermos comprinhas no Mercado de los Artesanos e comer panchos, Mariana e eu partimos pela Avenida 18 de Julio em direção à Plaza da Independencia, que nesse momento era nosso destino.

Mesmo estando hospedadas na praça, não havíamos prestado devida atenção a ela e ao seu entorno, afinal chegamos lá a noite e saímos logo cedo na manhã seguinte. Então era a hora de parar e prestar essa atenção, porque tanto a praça quanto seus monumentos e entorno merecem.

O prédio que mais se destaca ao redor da praça é o Palacio Salvo, projetado pelo italiano Mario Palanti e inaugurado em 1928. Por muito tempo foi a torre mais alta da América do Sul, com 27 andares e 95 metros de altura.

Palacio Salvo

Mas não pense que somente esse edifício, que muitos dizem ter um estilo duvidoso, chama a atenção por lá. A Plaza Independencia em si é uma atração.

Sempre repleta de locais e turistas, a praça é extremamente bem cuidada e limpa. Seus jardins, fontes e palmeiras conferem a ela uma beleza bucólica.

Plaza Independencia
Flores na Plaza Independencia

Em seu centro está a estátua do General José Gervasio Artigas, heroi nacional uruguaio. Abaixo da estátua há um mausoléu subterrâneo com os restos mortais de Artigas, guardados 24 horas por um guarda de honra.

Estátua do General Artigas

Vou confessar que Mariana e eu não fomos ao mausoléu porque não sabíamos de sua existência. Só a descobri tempos depois. Faz parte.

Continuando nosso passeio, a extremidade lateral leste da Plaza Independência está a Puerta de la Ciudadela, a única que restou da muralha construída na época colonial para proteger Montevidéu.

Puerta de la Ciudadela

Passando a Puerta de la Cidadela e seguindo pela esquerda até a esquina, logo se avista o Teatro Solís, inaugurado em 1856. Ele recebeu esse nome em homenagem a um navegador espanhol Juan Díaz de Solís, comandante da primeira expedição europeia a navegar pelo Rio da Prata.

O Solís é o principal teatro uruguaio e oferece visitas guiadas ao seu interior de sexta a domingo. Infelizmente não fizemos a visita, pois estava acontecendo um evento no local quando fomos lá (o ano era 2013 e Montevidéu havia sido escolhida como a capital ibero-americana da cultura naquele ano).

Tivemos que nos contentar em ver a fachada imponente, com o sol esculpido na parte superior e o pequeno farol no topo, que fica aceso durante os espetáculos.

Teatro Solis

Nosso passeio pelo Centro Histórico terminou na Catedral Metropolitana, localizada na Plaza Contituición, na Ciudad Vieja - a três quadras do teatro, indo pela via Sarandí - que começa na Puerta de la Ciudadela e é apenas para pedestres.

A primeira matriz da cidade ruiu em 1788 e a atual foi construída no mesmo local, porém num projeto muito maior e mais ambicioso que o antigo. Inaugurada em 1804, sem as torres gêmeas e diversos outros detalhes - que só foram terminados anos depois, a igreja possui uma arquitetura neoclássica, principalmente no que se refere a sua fachada.

Catedral Metropolitana
Detalhe de uma das torres gêmeas

Haviam dito a Mariana e a mim que seu interior era muito bonito, mas quando chegamos à Catedral, ela estava fechada. Acredito que como chegamos num fim de tarde, acabamos perdendo o horário de visitação.

Nos restou admirar a igreja e a Plaza Constituición, com sua linda fonte. A praça é a mais antiga da cidade e local onde a primeira constituição uruguaia foi jurada.

Fonte na Plaza Contituición

Um comentário:

  1. E a Plaza Independencia, assim como todas as outras praças de Montevidéu, possui sinal de wifi liberado. O que deixava os bancos da praça sempre ocupados :)

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