segunda-feira, 2 de maio de 2016

Fazer ou não fazer um cruzeiro, eis a questão!

Que eu amo viajar todo mundo sabe. Obviamente eu gostaria de conhecer todos os países do mundo. Viajar é mais que uma paixão, é a coisa que mais amo fazer. Mas se alguém me perguntasse: você gostaria de fazer um cruzeiro? A resposta seria: não. Na minha lista, fazer um cruzeiro estaria abaixo do último país que eu gostaria de visitar. Ou seja, eu preferiria conhecer os 193 países reconhecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) e também os que não são reconhecidos (como Palestina, Taiwan e Vaticano) do que fazer um cruzeiro. Na verdade, nunca passou pela minha cabeça fazer um cruzeiro.

Ou melhor, nunca havia passado pela minha cabeça fazer um cruzeiro. Até que um casal de amigos resolveu que se casaria em um. Oi? Exatamente. A Karine e o Sander são pessoas fora do comum, únicas. Por isso, decidiram que seu casamento seria um casamento à bordo, ou seja, tão fora do comum e tão único quanto eles. Sendo assim, eu não tive como fugir. Fui arremessada de cabeça em uma viagem que nunca havia passado pelos meus planos.

Depois dessa aventura, só me resta dizer que tive que me render aos encantos do cruzeiro. Se eu pudesse, faria mais um monte, de tão incrível que foi. Claro que muitos fatores contribuíram para que tudo fosse maravilhoso, não há como negar (entre eles o casamento e o grupo de amigos com quem viajei). Mas hoje, se alguém me pergunta se um cruzeiro é um tipo de viagem que vale a pena, digo: com certeza!

A primeira coisa que é preciso saber sobre cruzeiros é que eles até podem ser feitos por conta, mas contratar uma agência, principalmente se você é marinheiro de primeira viagem, facilita muito o processo. Sabiamente, Karine e Sander escolheram uma pessoa incrível para organizar nossa viagem, a Denise Bega, da CVC de Arapongas-PR. Super recomendo, principalmente se a ideia é viajar em grupo.

A Denise organizou tudo o que a gente precisava. Da viagem de ida e volta para Santos-SP (que é de ondem os cruzeiros partem) e contratos com o navio até os cartões de consumo, identificação de bagagens, quais as filas que precisávamos pegar. Achei essencial ter alguém para se preocupar com isso por mim, afinal o objetivo era apenas curtir as mordomias que uma viagem como essa proporciona.

Chegando ao Porto de Santos começam as filas, mas nada que estrague o clima de festa e a ansiedade. Primeiro é preciso despachar a bagagem, depois aguardar seu número ser chamado para fazer o check-in, aí é enfrentar a fila do check-in e depois a do raio-x (igual de aeroporto) e pronto! Lá está o mar e o navio ancorado, enorme, em toda sua magnificência.

Mar de Santos
Pronta para embarcar no meu primeiro cruzeiro

A empresa que opera o navio que pegamos é a MSC e o navio foi o MSC Armonia. O roteiro foi o seguinte: numa sexta-feira embarcamos em Santos-SP. No sábado foi o dia de Cabo Frio-RJ. Domingo foi dedicado a Ilhabela-SP. E na segunda-feira voltamos a Santos para o desembarque.

Em relação ao preço, ele vai depender do tipo de cabine escolhida. No Armonia existem quatro tipos: interna (sem janelas); externa com vista obstruída (tem uma janela, porém não dá para ver nada pois algo - como um bote, por exemplo -, impede a vista); externa com vista para o mar (a janela é bem grande, mas não abre - eu já imaginava uma janelinha do tamanho da de um avião) e externa com varanda.

Claro que o preço vai aumentando de acordo com a cabine. Juliana (amiga de longa data, jornalista e companheira de cabine nesse cruzeiro) e eu (e a maioria dos nossos amigos) pegamos uma cabine externa com vista para o mar para duas pessoas, mas isso foi mais pela disponibilidade do que pelo preço em si. Existem cabines para duas, três e quatro pessoas. Visitamos uma cabine tripla com varanda e é realmente sensacional. Porém não se passa muito tempo dentro dela, então não sei o quanto vale a pena pagar a mais por isso.

Sobre o espaço na cabine, eu já pensava que ela seria minúscula, apertada, claustrofóbica. Que nada! É espaçosa e as camas são muito confortáveis, daquelas que te abraçam. No nosso quarto tinha duas camas de solteiro (com roupa de cama impecável de tão limpa), criados-mudos com abajures, frigobar, televisão, escrivaninha com cadeira, espelhos grandes e banheiro. Ok. O banheiro é meio apertado, mas nada demais.

Desde o primeiro momento que eu e Juliana tivemos nosso primeiro contato com os funcionários do navio fomos muito bem tratadas. Embarcamos, deixamos nossa bagagem de mão num guarda-volumes  - pois as cabines ainda não estavam prontas (o que é normal) - e fomos explorar o navio até que todos embarcassem e ele levantasse âncora.

Começando a explorar o navio não podia faltar foto clássica na amurada

Nossa missão foi cumprida apenas parcialmente porque o navio é muito grande, mesmo. Bares, restaurantes, cafés, sorveteria, complexo de piscinas, boates, fliperama, cassino, lojas e mais uma infinidade de lugares foram sendo descortinados por nós. E não só no primeiro dia, em todos os dias descobríamos algum local diferente.


Ah, mas e o enjoo? Todos que eu conheço levaram remédios para contê-lo, mas ele simplesmente não veio como esperávamos. Passamos muito bem até a noite do terceiro dia. Naquela noite houve uma tempestade e aí o navio balançou muito e ficamos enjoados. Acredito que isso é uma coisa atípica. Acho que ficamos mais com medo de o navio virar do que de passar mal.

Mas como nos disse um tripulante, as pessoas no geral imaginam que um transatlântico é como o Titanic e que com qualquer balanço ele vai afundar, mas não é mais assim. Afinal, faz mais de um século que o Titanic afundou. Aí eu me acalmei e percebi que não estava sendo racional. Então minha dica é: não se preocupe com o enjoo. Ele pode vir ou não. É sempre bom ter um remedinho para caso ele apareça, mas não é motivo para não fazer um cruzeiro.

2 comentários:

  1. Que legal! Tenho muita vontade de fazer um cruzeiro! Em grupo de amigos então deve ser demais!

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    1. Obrigada Fer! Faça sim, você não vai se arrepender! Se quiser companhia, eu estou dentro!!!

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