sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Porque sábado é dia de feira

Londres tem diversas opções para amantes de feiras de rua que reúnem comidinhas e quinquilharias. Eu e Marina somos dessas. Praticamente todos os dias tem alguma feira funcionando em um ponto da cidade. A mais famosa delas (muito provavelmente) ocorre de segunda a sábado, em dos mais charmosos bairros londrinos: Notting Hill. Mas quem, como eu, só tem chance de conhecer a feira de Portobello Road por um dia, a escolha deve ser mesmo pelo sábado. É o dia mais cheio e com muitos turistas, mas é também o dia em que todos os feirantes estão lá.

Aos sábados, a feira funciona oficialmente entre às 5h30 às 18h30. Mas é a partir das 9h que o movimento aumenta. Desci na estação de metrô Notting Hill Gate e já estava no começo da feira. Além das barracas nas ruas, há muitos restaurantes e antiquários pelo caminho. Segundo a história, há mais de 300 anos o local era uma fazenda, que tinha o nome de Porto Bello. Com a urbanização, o local começou a receber aquelas feiras tradicionais de alimentos. Mas foi a partir de 1940 que a região se tornou um mercado mais amplo, dando espaço para as antiguidades, souvenirs, roupas, livros e incontáveis outros produtos. 

A primeira vista da Portobello Road já encanta pela típica arquitetura residencial inglesa

Logo de início uma surpresa: George Orwell morou ali! Lá estava passando em frente à casa do ilustre autor de 1984 e de tantas outras obras que marcaram o último século e seguem mais atuais do que nunca.

Placa indicando a residência de George Orwell

Separe umas boas libras para o percurso, hehe. Eu sou bem controlada com compras e normalmente só trago pequenos souvenirs de viagens, mas mesmo assim foi difícil resistir a tantas coisas fofas que encontrei no caminho: um chapéu, uma blusa, cartões e imãs foram o resultado deste pequeno trajeto. E no meio de tudo isso, ainda somos cercados por quitutes deliciosos.


Mesmo com a muvuca, é muito bom andar tranquila e com tempo para bisbilhotar nas barraquinhas e encontrar coisas interessantes e diferentes. Além disso, o próprio bairro é um charme só. Passei por praticamente todas as ruas suspirando e imaginando a delícia que seria morar por ali.

Foto tipo: "Olha mãe, tô em Londres!"

Jóias, bijuterias, artigos de moda, livros antigos, talheres, bules, moedas, placas com nomes de ruas, fotos antigas de Londres e incontáveis deerstalker (aquele modelo de chapéu usado por Sherlock Holmes) são algumas das preciosidades encontradas por lá.

Casinhas coloridas que também ficaram conhecidas depois do filme "Um lugar chamado Notting Hill"

A feira tem cerca de 1,5 km e termina praticamente na estação Ladbroke Grove. De lá segui para o também famoso Camden Town, o bairro punk de Londres. A região ficou conhecida por atrair a cena alternativa da cidade a partir da década de 70. Hoje, repleta de turistas, tem um perfil mais diversificado. 

As fachadas das lojas já são uma atração

Na rua principal, lojas de roupas e acessórios vintageestúdios de tatuagem dividem espaço com cafés e com comércio de instrumentos musicais e vinil. Além das lojas, no local estão concentrados cinco mercados (parecidos com galerias). Visitei o Camden Lock Market.


O Camden Lock reúne vários stands com itens de decoração. Não consegui resistir a um quadro do Sloth [Goonies], vendido na Words. O perfume delicioso dos produtos naturais e a simpatia do Daniel (produtor/vendedor) também me fizeram trazer um hidratante da Read the Label.


Pra encerrar o dia, nada melhor que outra tradição de Londres: um pub. E nem foi difícil escolher. Logo em frente ao Camden Lock me deparei com esse prédio encantador do Elephant's Head, fundado em 1832, e por lá fiquei.

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