segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

História centenária no centro de Londres

Depois de pagar tributo aos Beatles e ao Mr. Holmes, segui para a Tower Bridge. Inaugurada em 1894, a ponte se destaca ainda mais na paisagem do rio Tâmisa pelos detalhes em azul. A única ponte pênsil de Londres foi construída para facilitar o trânsito dos carros que já dava sinais de crescimento há mais de 120 anos, ao mesmo tempo que permite o fluxo das embarcações no rio que atravessa a cidade. É, sem dúvida, um dos ícones da capital inglesa.

Primeira vista da Tower Bridge
Tower Brigde se destaca da paisagem enquanto caminhamos pelas margens do Tâmisa

No início, grandes motores a vapor faziam o trabalho de içar e baixar a parte móvel da ponte, mas hoje em dia o processo é todo eletrônico. Em um ano, a  ponte é levantada aproximadamente 850 vezes. No site da Tower Brigde é possível acompanhar os horários previstos para o movimento da ponte. No alto há duas passarelas que antigamente serviam de passagem para os pedestres enquanto a ponte estava elevada. Hoje em dia, o piso das passarelas foi substituído por vidro transparente, tornando o trajeto uma das atrações turísticas da cidade.


Desde 1982, a estrutura interna da ponte foi aberta ao público e serve como um museu que conta a história da ponte, sua estrutura e funcionamento. A Tower Bridge Exhibition inclui ainda o passeio pelas passarelas. Para compra pela internet, o valor é 8 libras. Mas é possível comprar o ingresso lá na hora por 9 libras. O tour funciona diariamente. Entre abril e setembro, das 10h às 17h30, e entre  outubro e março, das 9h30 às 17h. Cheguei lá no final da tarde e não fiz o tour, mas garanto que a vista dessa que é uma das mais conhecidas pontes do mundo já é encantadora o suficiente!

Dá para ver as passarelas ali em cima

Segui caminhando pelas margens do Tâmisa e logo deu pra ver a Tower of London. A Torre começou a ser construída em 1080 por William, o Conquistador, como parte da estratégia para conquistar (e preservar) o trono inglês. Ao longo da história, o lugar já funcionou como fortaleza, castelo, moradia de reis e membros de famílias reais, abrigo de armas e jóias da realeza, além de prisão e de local onde foram realizadas execuções (entre as mais emblemáticas a da segunda esposa de Henrique VIII: Ana Bolena).

Atualmente, a Tower of London é considerada um palácio, mesmo não sendo local de moradia da família real britânica. Mas ainda guarda, em uma câmera subterrânea, as jóias da coroa britânica. O ingresso para entrada custa 21 libras para adultos e os horários de visitação variam conforme a época do ano e dias da semana. Como já era tarde, não tive tempo de fazer o tour, que dura cerca de uma hora. 

Tower of London

Uma das coisas que me chamou atenção enquanto eu caminhava ao redor da Tower of London foi encontrar um "Portão dos Traidores". O portão foi construído por Eduardo I para garantir um acesso à Torre pela água. Mas em 1544 recebeu o nome de Traitor's Gate no panorama de Londres feito pelo topógrafo e artista Anthonis van den Wyngaerde. Durante o reinado Tudor, muitos prisioneiros e inimigos eram trazidos pelo Tâmisa, passavam pela London Bridge (onde cabeças decapitadas eram penduradas), e entravam na Tower of London justamente pelo Traitor's Gate (o que já dava uma ideia de qual seria seu futuro). 

Traitor's Gate
Tower of London vista de outro ângulo

Vale uma passadinha na loja da Tower of London. Apesar dos preços não serem muito amigáveis, tem vários souvenirs bem bacanas para os amantes de coisas medievais :D Para ir embora fui pegar o metrô na estação Tower Hill, que fica bem atrás da Tower of London. E lá me deparei com mais uma surpresa, que só um metrô no centro de Londres te proporciona. 

Ruínas medievais no meio da estação de metrô
Tower of London vista de dentro da estação Tower Hill
Centenária e moderna Londres lado a lado

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