Como disse no último post, passei pela Plaza Independencia para encontrar um amigo e seguir passeando por Montevidéu. A praça, inaugurada em 1840, é o principal ponto turístico da capital uruguaia. Ela abriga um mausoléu subterrâneo com os restos mortais do General Artigas, sobre o qual está a mais famosa estátua em sua homenagem. Construída em 1923, ela é obra do italiano Angelo Zanelli.
Geograficamente, a praça está em uma posição estratégica: ela separa o Centro da Ciudad Vieja. Enquanto estava lá esperando o Daniel comecei a notar uma movimentação de guardas usando vestimenta dos dragões, os Blandengues. O Cuerpo de Blandengues de la Frontera de Montevideo, do qual Artigas fez parte, foi criado em 1797 para proteger a fronteira norte do país. Não demorou muito para ouvir a banda tocando para a cerimônia de troca da guarda.
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| Plaza Independencia |
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| Estátua de Artigas |
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| Blandengues realizando cerimônia de troca da guarda |
Ao seu redor ficam os prédios da Torre Executiva, sede do Poder Executivo do país, e o Palácio Estevez, que hoje abriga um museu. Além disso, ali também estão alguns dos prédios mais emblemáticos da cidade, como o Teatro Solís - descrito nesse post -, o Palacio Salvo e a Puerta de la Ciudadela.
Quando foi inaugurado, em 1928, o Palacio Salvo era o prédio mais alto da América do Sul. O projeto do italiano Mario Palanti possui 95 metros de altura distribuídos em 27 pisos. Por 200 pesos uruguaios é possível fazer uma visita guiada por dentro do prédio, que sai às terças e quintas-feiras, às 16h. O tour dura cerca de 2 horas até o terraço. Lamentavelmente, eu não sabia disso enquanto estava lá...
Alguns dias depois, quando conversava com um amigo brasileiro que vive em Montevidéu descobri algo inusitado: atualmente o Palacio Salvo pode ser a morada de qualquer um de nós. Isso mesmo, como parte dele funcionou como hotel na época da inauguração, lá existem vários apartamentos para locação! É algo como, "vamos ali na minha kitnet, fica num palácio", haha.
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| Palacio Salvo |
A Puerta de la Ciudadela é um marco, ainda em pé, da muralha que cercava a parte mais antiga cidade e que foi demolida em 1829. Uma coisa interessante de revisitar certos lugares é notar as mudanças que ocorreram ao longo do tempo, reencontrar pontos curiosos, descobrir coisas que não havia notado antes e, ao mesmo tempo, ter um olhar afetivo sobre o local. Em um dos prédios ao lado da praça ficava o antigo Che Lagarto onde Marina e eu nos hospedamos da primeira vez que visitamos Montevidéu. Hoje o prédio está abandonado, mas não resisti de tirar uma foto nostálgica.
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| Puerta de la Ciudadela |
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| Esse prédio branco é o antigo hostel e foi dessa sacada no primeiro andar que vimos Montevidéu pela primeira vez |
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