Selfie no Bar Roxo |
Ah! A noite paulistana. Nenhuma cidade consegue agregar tantas tribos diferentes depois que o sol se põe. Após um ótimo passeio pelo Museu da Imigração do Estado de São Paulo, Jalberti, Mariana e eu fomos para a casa dos nossos anfitriões para dar play na nossa primeira noite em São Paulo. Tínhamos dois objetivos claros: jantar e depois tomar algumas cervejinhas geladas num bar ou balada.
Nossa primeira parada seria no Sal Gastronomia, restaurante do
masterchef Henrique Fogaça. Foi um pedido do Jalberti que fôssemos jantar lá em
um dos dias que estivéssemos em Sampa. Mas obviamente não deu certo. Ainda bem
que nem tudo ocorre como planejado em nossas viagens, senão não ia sobrar muito
que falar.
Desde que decidimos ir para São
Paulo e o Jalberti falou que gostaria de ir ao Sal eu tentei reservar uma mesa
para nós. Isso foi cerca de três meses antes da viagem. Todas as reservas
online do restaurante devem ser feitas através do Foodstar. Quase que diariamente eu
entrava no Foodstar para reservar uma mesa. Todas às vezes, sem exceção,
independente da data ou horário escolhido, aparecia uma mensagem de que não
havia sido possível efetivar a reserva. Eu não sabia se não havia mais mesas
disponíveis ou se o site apresentava erro.
Mas no site do Sal, havia a
informação de que o restaurante dispunha de mesas que poderiam ser ocupadas por
ordem de chegada e que ainda seria possível aguardar tomando um drink no bar
que fica no segundo andar do Sal, o Admiral's
Place. Decidimos ir.
Como o restaurante abria às 20h
para o jantar, foi nesse horário que chegamos lá. Pegamos um táxi e rumamos
para a Rua Minas Gerais, 352, no bairro de Higienópolis. Ao chegar ao Sal,
mesmo antes de descer do táxi, fomos informados por um funcionário do
restaurante que a casa estava lotada, com fila de espera três vezes superior ao
número de pessoas comportadas por ela e que não era possível aguardar por uma
mesa. Decepção total. Nem esperar por uma mesa nós poderíamos? Não, ninguém
mais seria aceito naquela noite. Imagina a tristeza!
Decidimos então ir para o Paris 6, um lugar que Mariana havia
sugerido para nosso roteiro e que eu havia programado para ir no dia seguinte.
Pedimos para o táxi nos deixar no Paris 6 Bistrô, na Rua Haddock Lobo, 1240. Ao
chegar lá, havia fila de espera de mais de 40 mesas devido a um evento
corporativo que estava ocorrendo no local.
Como na mesma rua há o Paris 6
Vaudeville (no número 1159), a hostess sugeriu que fôssemos lá, porque haveria
menos espera. Optamos por tentar. Chegamos e havia 53 mesas na fila. Ficamos
indignados. Em Londrina, onde Jalberti e eu moramos e mesmo em Brasília, onde
Marina mora, não existe esse tipo de espera por uma mesa. Ninguém tem paciência
para esperar por tanto tempo. Mas, aparentemente, em São Paulo as pessoas estão
acostumadas a esperar, esperar e esperar.
Fomos caminhando pela Rua Augusta
(paralela à Haddock Lobo) para tentar achar um lugar legal para comer. Todos
tinham fila. Nós nos dividimos entre os dois lugares que tinham o menor número
de mesas em espera. Incrivelmente, os dois nos chamaram ao mesmo tempo.
Decidimos ir ao Athenas,
que possui um cardápio cheio de delícias (gregas ou não), com preços bastante
acessíveis. Mariana foi de salada. Jalberti de parmegiana. Eu fui de risoto e
frango ao molho de laranja. Todos os pratos eram enormes e estavam muito bons.
Nossa anfitriã Érika nos
encontrou no Athenas para darmos início à parte dois: cervejinha gelada. Nós queríamos
ir ao Inferno Club, mas ao olhar a
fila n porta de entrada, destistimos prontamente. Só tínhamos uma certeza:
nosso destino continuaria sendo a Baixa Augusta, que é aquele pedaço da Rua
Augusta que congrega as mais diversas tribos da cidade.
Érika nos sugeriu o Augusta 472 Rock Bar,
conhecido mesmo como Bar Roxo. Como amantes do Rock’n’Roll, topamos
imediatamente. Sentamos no balcão, tomamos nossas cervejas, curtimos a música, conversamos
e demos risada. Não lembro quanto pagamos pelas cervejas, mas em se tratando de São Paulo, os preços estavam bons.
Tudo seria perfeito se não fosse por um gringo sem noção que
puxou papo comigo. Conversei com ele um pouco, expliquei que gostaria de ficar
com meus amigos, mas ele parecia não se importar. A todo o momento voltava para
me importunar. Mariana deu uma “bronca” nele e mesmo assim ele continuava a
encher meu saco. Até o barman da casa ficou incomodado e perguntou se gostaria
que ele retirasse o rapaz do local. Felizmente ele pareceu ter se tocado e ido
para outro lugar.
Como toda essa nossa epopeia durou muito tempo, não ficamos muito no bar. Dividimos um táxi e fomos descansar, pois no dia seguinte o Instituto Tomie Ohtake nos esperava!
Como toda essa nossa epopeia durou muito tempo, não ficamos muito no bar. Dividimos um táxi e fomos descansar, pois no dia seguinte o Instituto Tomie Ohtake nos esperava!
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