sexta-feira, 1 de abril de 2016

Quando (quase) tudo dá errado na noite paulistana

Selfie no Bar Roxo

Ah! A noite paulistana. Nenhuma cidade consegue agregar tantas tribos diferentes depois que o sol se põe. Após um ótimo passeio pelo Museu da Imigração do Estado de São Paulo, Jalberti, Mariana e eu fomos para a casa dos nossos anfitriões para dar play na nossa primeira noite em São Paulo. Tínhamos dois objetivos claros: jantar e depois tomar algumas cervejinhas geladas num bar ou balada.

Nossa primeira parada seria no Sal Gastronomia, restaurante do masterchef Henrique Fogaça. Foi um pedido do Jalberti que fôssemos jantar lá em um dos dias que estivéssemos em Sampa. Mas obviamente não deu certo. Ainda bem que nem tudo ocorre como planejado em nossas viagens, senão não ia sobrar muito que falar.

Desde que decidimos ir para São Paulo e o Jalberti falou que gostaria de ir ao Sal eu tentei reservar uma mesa para nós. Isso foi cerca de três meses antes da viagem. Todas as reservas online do restaurante devem ser feitas através do Foodstar. Quase que diariamente eu entrava no Foodstar para reservar uma mesa. Todas às vezes, sem exceção, independente da data ou horário escolhido, aparecia uma mensagem de que não havia sido possível efetivar a reserva. Eu não sabia se não havia mais mesas disponíveis ou se o site apresentava erro.

Mas no site do Sal, havia a informação de que o restaurante dispunha de mesas que poderiam ser ocupadas por ordem de chegada e que ainda seria possível aguardar tomando um drink no bar que fica no segundo andar do Sal, o Admiral's Place. Decidimos ir.

Como o restaurante abria às 20h para o jantar, foi nesse horário que chegamos lá. Pegamos um táxi e rumamos para a Rua Minas Gerais, 352, no bairro de Higienópolis. Ao chegar ao Sal, mesmo antes de descer do táxi, fomos informados por um funcionário do restaurante que a casa estava lotada, com fila de espera três vezes superior ao número de pessoas comportadas por ela e que não era possível aguardar por uma mesa. Decepção total. Nem esperar por uma mesa nós poderíamos? Não, ninguém mais seria aceito naquela noite. Imagina a tristeza!

Decidimos então ir para o Paris 6, um lugar que Mariana havia sugerido para nosso roteiro e que eu havia programado para ir no dia seguinte. Pedimos para o táxi nos deixar no Paris 6 Bistrô, na Rua Haddock Lobo, 1240. Ao chegar lá, havia fila de espera de mais de 40 mesas devido a um evento corporativo que estava ocorrendo no local.

Como na mesma rua há o Paris 6 Vaudeville (no número 1159), a hostess sugeriu que fôssemos lá, porque haveria menos espera. Optamos por tentar. Chegamos e havia 53 mesas na fila. Ficamos indignados. Em Londrina, onde Jalberti e eu moramos e mesmo em Brasília, onde Marina mora, não existe esse tipo de espera por uma mesa. Ninguém tem paciência para esperar por tanto tempo. Mas, aparentemente, em São Paulo as pessoas estão acostumadas a esperar, esperar e esperar.

Fomos caminhando pela Rua Augusta (paralela à Haddock Lobo) para tentar achar um lugar legal para comer. Todos tinham fila. Nós nos dividimos entre os dois lugares que tinham o menor número de mesas em espera. Incrivelmente, os dois nos chamaram ao mesmo tempo. Decidimos ir ao Athenas, que possui um cardápio cheio de delícias (gregas ou não), com preços bastante acessíveis. Mariana foi de salada. Jalberti de parmegiana. Eu fui de risoto e frango ao molho de laranja. Todos os pratos eram enormes e estavam muito bons.


Nossa anfitriã Érika nos encontrou no Athenas para darmos início à parte dois: cervejinha gelada. Nós queríamos ir ao Inferno Club, mas ao olhar a fila n porta de entrada, destistimos prontamente. Só tínhamos uma certeza: nosso destino continuaria sendo a Baixa Augusta, que é aquele pedaço da Rua Augusta que congrega as mais diversas tribos da cidade.

Érika nos sugeriu o Augusta 472 Rock Bar, conhecido mesmo como Bar Roxo. Como amantes do Rock’n’Roll, topamos imediatamente. Sentamos no balcão, tomamos nossas cervejas, curtimos a música, conversamos e demos risada. Não lembro quanto pagamos pelas cervejas, mas em se tratando de São Paulo, os preços estavam bons.

Tudo seria perfeito se não fosse por um gringo sem noção que puxou papo comigo. Conversei com ele um pouco, expliquei que gostaria de ficar com meus amigos, mas ele parecia não se importar. A todo o momento voltava para me importunar. Mariana deu uma “bronca” nele e mesmo assim ele continuava a encher meu saco. Até o barman da casa ficou incomodado e perguntou se gostaria que ele retirasse o rapaz do local. Felizmente ele pareceu ter se tocado e ido para outro lugar.

Como toda essa nossa epopeia durou muito tempo, não ficamos muito no bar. Dividimos um táxi e fomos descansar, pois no dia seguinte o Instituto Tomie Ohtake nos esperava!

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