Para essa viagem, acabei não
fazendo um roteiro. Mesmo tendo lido vários posts e matérias sobre a Irlanda,
apenas selecionei os lugares em que não poderia deixar de ir e resolvi ir
conhecendo aos poucos, afinal eu teria um tempo considerável em Dublin: seis
dias antes de partir para o continente e mais três quando voltasse de Barcelona.
Um ponto favorável foi o clima. A Irlanda é conhecida por ter aproximadamente
300 dias de chuva no ano, haha. Mas, como diz meu primo, se não fosse esse
clima, a grama não seria tão verdinha e nem a paisagem tão bonita. Como estive
lá durante a primavera, tive a façanha de pegar chuva em apenas dois dias, e
ainda poder ver os parques todos verdinhos e repletos de flores :D
Como muitas cidades europeias,
Dublin é cortada por um rio, no caso o Rio Liffey. A cidade é dividida em 24
regiões postais, sendo que as de número ímpar ficam ao norte do rio e as pares
ao sul. Isso ajuda na hora de se localizar. Vários aplicativos gratuitos ajudam
muito na hora de se organizar para conhecer a cidade. Eu particularmente usei o
Get Around (iOS) e o Next Bus Dublin Free (android), apesar de ter feito tudo
praticamente andando mesmo. Um outro aplicativo legal é o Dublin Culture Trail
(android e iOS), que traz informações sobre as atrações culturais, shows,
exposições, funcionamento de museus e outras atrações turísticas da capital
irlandesa.
Meu primo mora na região 7, que é
considerada central, já que é possível chegar no Spire em uma caminhada de 10
minutos. Sendo assim, no primeiro dia resolvi ir caminhando pela cidade, assim
meio sem rumo. Uma das coisas mais interessantes ao andar pela Irlanda é
encontrar as placas escritas em gaélico, a língua local, e logo abaixo a grafia
em inglês. Dublin surgiu como um acampamento Viking, o que já dá para ter uma
ideia do quão antiga é a cidade. Antiga e cheia de história devido às
transformações pelas quais passou até a conquista da independência da República
da Irlanda, reconhecida apenas em 1922.
Por isso, é comum encontrar
construções em pedra (muitas das quais cobertas por plantas) e casas todas
parecidas com suas portas coloridas (muitas das quais eram moradias de
trabalhadores das fábricas da cidade). Logo depois de cruzar o rio, passei por
um museu Viking, o Dublinia, mas acabei não entrando pois depois de uma busca
rápida no Google me pareceu mais voltado para o público infantil, mas é uma boa
opção para quem viaja com crianças (e acho que numa próxima ida à cidade eu
acabo não resistindo, haha).
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Rio Liffey |
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Construções características de Dublin |
Continuando a caminhada, cheguei
no Dublin Castle, que na verdade é um forte construído no século XIII. Existe a
opção de visita guiada pelo interior por 4,50 euros por adulto, mas optei por
aproveitar o sol que fazia para conhecer os dois pátios e o belo jardim.
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Local da entrada para visitação do Dublin Castle |
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Vista externa do Dublin Castle
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Jardim do Dublin Castle |
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Um dos pátios do Dublin Castle, com os irish curtindo o raro dia de sol |
No caminho para a famosa St.
Patrick's Cathedral, passei por uma loja de design só com produtos de artistas
irlandeses e posso dizer que queria morar lá dentro. Já que não ganho em euro
e, portanto, não podia trazer tudo pra casa, haha. Depois de comprar um
bloquinho (vício) e um quadrinho descobri que a loja vende pela internet e
entrega no mundo todo (é só você estar disposto a pagar o frete, hehe). Mas o
importante é que é tudo lindinho demais e fiquei encantada com a Jam Art
Factory.
Logo depois fica a catedral.
Fundada em 1191 em homenagem ao santo padroeiro da Irlanda, ela foi construída
em estilo gótico e, mesmo com vitrais, deixa aquela típica atmosfera escura no
interior. O valor da entrada é de 6 euros para adultos. Na área externa, fica
um jardim lindo e repleto de tulipas. Logo entrada da catedral tem uma loja de
souvenirs. Você pode optar por andar por conta própria, como eu fiz, ou pode
aguardar um tour que ocorre a cada meia hora, com um guia explicando a história
da igreja (em inglês).
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Pátio da St. Patrick's Cathedral (com um cara fazendo uma pose bizarra para tirar uma foto e, com isso, atrapalhando a minha, hahaha) |
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Tulipas e mais tulipas no jardim da catedral |
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Interior da St. Patrick's Cathedral |
Para muitos, St. Patrick
significa vestir verde e beber como se não houvesse amanhã (ou como um
irlandês, por assim dizer). Realmente o St. Patrick's Day foi o que tornou esse
santo tão famoso mundo afora. Ainda espero estar na Irlanda em um dia 17 de
março para celebrar a data devidamente. Segundo a história, St. Patrick's foi o
responsável por converter os celtas pagãos e levar o Cristianismo para a
Irlanda. Para fazer analogia à Santíssima Trindade, St. Patrick's usava o
trevo, tão comum na região. Com isso, ajudou a popularizar o que é hoje um dos
principais símbolos irlandeses.
Ainda nesse dia fui conhecer a
Trinity College, uma das mais famosas universidades da Irlanda. O campus é
lindo e vale muito o passeio. Por ser um dos poucos países da União Europeia
ainda com uma boa política para imigrantes, a Irlanda está repleta de
brasileiros. A maioria faz cursos de inglês, mas há também oportunidades para
quem quer um curso de graduação ou pós em Dublin.
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Entrada da Trinity College |
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Trinity College |
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Campus da Trinity College |
No próximo post falarei sobre atrações para dias de chuva
(ou para apreciadores das maiores tradições irlandesas: pubs, pints e
whiskeys)!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBabando nas tulipas lindíssimas no jardim da catedral
ResponderExcluir;)
Aiii são tão lindas mesmo! Vantagem de conhecer a Europa na primavera <3
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