quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Conhecendo Dublin

Para essa viagem, acabei não fazendo um roteiro. Mesmo tendo lido vários posts e matérias sobre a Irlanda, apenas selecionei os lugares em que não poderia deixar de ir e resolvi ir conhecendo aos poucos, afinal eu teria um tempo considerável em Dublin: seis dias antes de partir para o continente e mais três quando voltasse de Barcelona. Um ponto favorável foi o clima. A Irlanda é conhecida por ter aproximadamente 300 dias de chuva no ano, haha. Mas, como diz meu primo, se não fosse esse clima, a grama não seria tão verdinha e nem a paisagem tão bonita. Como estive lá durante a primavera, tive a façanha de pegar chuva em apenas dois dias, e ainda poder ver os parques todos verdinhos e repletos de flores :D

Como muitas cidades europeias, Dublin é cortada por um rio, no caso o Rio Liffey. A cidade é dividida em 24 regiões postais, sendo que as de número ímpar ficam ao norte do rio e as pares ao sul. Isso ajuda na hora de se localizar. Vários aplicativos gratuitos ajudam muito na hora de se organizar para conhecer a cidade. Eu particularmente usei o Get Around (iOS) e o Next Bus Dublin Free (android), apesar de ter feito tudo praticamente andando mesmo. Um outro aplicativo legal é o Dublin Culture Trail (android e iOS), que traz informações sobre as atrações culturais, shows, exposições, funcionamento de museus e outras atrações turísticas da capital irlandesa.

Meu primo mora na região 7, que é considerada central, já que é possível chegar no Spire em uma caminhada de 10 minutos. Sendo assim, no primeiro dia resolvi ir caminhando pela cidade, assim meio sem rumo. Uma das coisas mais interessantes ao andar pela Irlanda é encontrar as placas escritas em gaélico, a língua local, e logo abaixo a grafia em inglês. Dublin surgiu como um acampamento Viking, o que já dá para ter uma ideia do quão antiga é a cidade. Antiga e cheia de história devido às transformações pelas quais passou até a conquista da independência da República da Irlanda, reconhecida apenas em 1922.

Por isso, é comum encontrar construções em pedra (muitas das quais cobertas por plantas) e casas todas parecidas com suas portas coloridas (muitas das quais eram moradias de trabalhadores das fábricas da cidade). Logo depois de cruzar o rio, passei por um museu Viking, o Dublinia, mas acabei não entrando pois depois de uma busca rápida no Google me pareceu mais voltado para o público infantil, mas é uma boa opção para quem viaja com crianças (e acho que numa próxima ida à cidade eu acabo não resistindo, haha).

Rio Liffey
Construções características de Dublin

Continuando a caminhada, cheguei no Dublin Castle, que na verdade é um forte construído no século XIII. Existe a opção de visita guiada pelo interior por 4,50 euros por adulto, mas optei por aproveitar o sol que fazia para conhecer os dois pátios e o belo jardim.

Local da entrada para visitação do Dublin Castle
Vista externa do Dublin Castle
Jardim do Dublin Castle
Um dos pátios do Dublin Castle, com os irish curtindo o raro dia de sol

No caminho para a famosa St. Patrick's Cathedral, passei por uma loja de design só com produtos de artistas irlandeses e posso dizer que queria morar lá dentro. Já que não ganho em euro e, portanto, não podia trazer tudo pra casa, haha. Depois de comprar um bloquinho (vício) e um quadrinho descobri que a loja vende pela internet e entrega no mundo todo (é só você estar disposto a pagar o frete, hehe). Mas o importante é que é tudo lindinho demais e fiquei encantada com a Jam Art Factory.

Logo depois fica a catedral. Fundada em 1191 em homenagem ao santo padroeiro da Irlanda, ela foi construída em estilo gótico e, mesmo com vitrais, deixa aquela típica atmosfera escura no interior. O valor da entrada é de 6 euros para adultos. Na área externa, fica um jardim lindo e repleto de tulipas. Logo entrada da catedral tem uma loja de souvenirs. Você pode optar por andar por conta própria, como eu fiz, ou pode aguardar um tour que ocorre a cada meia hora, com um guia explicando a história da igreja (em inglês).  

Pátio da St. Patrick's Cathedral (com um cara fazendo uma pose bizarra para tirar uma foto e, com isso, atrapalhando a minha, hahaha) 
Tulipas e mais tulipas no jardim da catedral
Interior da St. Patrick's Cathedral

Para muitos, St. Patrick significa vestir verde e beber como se não houvesse amanhã (ou como um irlandês, por assim dizer). Realmente o St. Patrick's Day foi o que tornou esse santo tão famoso mundo afora. Ainda espero estar na Irlanda em um dia 17 de março para celebrar a data devidamente. Segundo a história, St. Patrick's foi o responsável por converter os celtas pagãos e levar o Cristianismo para a Irlanda. Para fazer analogia à Santíssima Trindade, St. Patrick's usava o trevo, tão comum na região. Com isso, ajudou a popularizar o que é hoje um dos principais símbolos irlandeses.

Ainda nesse dia fui conhecer a Trinity College, uma das mais famosas universidades da Irlanda. O campus é lindo e vale muito o passeio. Por ser um dos poucos países da União Europeia ainda com uma boa política para imigrantes, a Irlanda está repleta de brasileiros. A maioria faz cursos de inglês, mas há também oportunidades para quem quer um curso de graduação ou pós em Dublin.

Entrada da Trinity College
Trinity College
Campus da Trinity College

No próximo post falarei sobre atrações para dias de chuva (ou para apreciadores das maiores tradições irlandesas: pubs, pints e whiskeys)!

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Babando nas tulipas lindíssimas no jardim da catedral
    ;)

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    1. Aiii são tão lindas mesmo! Vantagem de conhecer a Europa na primavera <3

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